O ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) volta a ser tema de polêmica dentro da modalidade, dividindo opiniões entre clubes e atletas. Nesta quinta-feira, a sede da entidade, no Rio de Janeiro, recebeu representantes de 10 clubes da Superliga feminina, além das atletas, para votação sobre a permanência ou não da regra, que limita jogadoras de pontuação máxima por equipe. O número de participantes foi referente aos times que já têm presença certa na próxima temporada. 

Na teoria, o ranking deveria ser extinto, uma vez que a votação terminou em 6 a 5. No entanto, a CBV preferiu ignorar os votos de Curitiba Vôlei (PR) e São Paulo Barueri (SP) que não estiveram presentes e mandaram seus votos por email. Os dois times foram surpreendidos com a decisão e agora vão correr atrás para que a decisão seja revista. O Curitiba, por exemplo, já fez contato com a CBV pedindo que seu voto seja considerado. 

Desta forma, foram considerados somente os votos dos presentes, com vitória de 5 a 4 para a manutenção do ranking. Sesc (RJ), Sesi Vôlei Bauru (SP), Flamengo (RJ), Fluminense (RJ) e Pinheiros (SP) foram a favor do ranking, enquanto Itambé Minas, Dentil Praia Clube, Osasco Audax São Cristóvão Saúde (SP) e a comissão de atletas, representadas por Amanda e Renatinha, votaram pelo fim da regra. 

Além desta decisão, foi definido que cada time pode ter, a partir da próxima temporada, três estrangeiras, um número a mais do que o permitido atualmente. As jogadoras de pontuação máxima são as levantadoras Dani Lins, Fabíola e Macris, as centrais Fabiana e Thaisa, as ponteiras Fernanda Garay, Gabi e Natália e as opostas Tandara e Tifanny. 

Atletas protestam

Alguns dos maiores nomes do vôlei feminino do Brasil não deixaram barato e usaram as redes sociais para manifestar sua revolta com a decisão de manutenção do ranking. Apesar de darem prioridade para atuar no Brasil, algumas atletas podem ser obrigadas a jogar fora do país, um desejo que agora é ainda maior para que não aconteça em virtude do coronavírus. 

Confira alguns depoimentos de jogadoras de pontuação máxima

"Parabéns aos responsáveis, Agora aceitam adicionar uma estrangeira, ou seja, 3 estrangeiras,e mantém o ranking! Abre as portas para as estrageiras e fecham as portas para as brasileiras. Bacana! Fecham os olhos pra nós, brasileiras e 'que se lasque, se não cabe aqui vão jogar fora do país'. Todo mundo querendo fugir da pandemia do coronavírus, ótimo! Tragam o máximo de estrangeiras e nos obriguem a ir pra fora, nos obriguem a ter contato direto com esse terror que estão vivendo lá. Que lindo!!! Obrigada mais uma vez por isso” - Thaisa, central do Minas. 

"Incoerência e injustiça. Mais uma vez, somos surpreendidas quando o assunto é o ranking da Superliga. Desta vez, através de uma manobra que anulou o voto de dois clubes, por motivos controversos, definiu-se pela manutenção do ranking” - Gabi, ponta do Vakifbank (TUR)

“Sobre o ranking: palavras da minha companheira e amiga Gabizinha no nosso grupo: 'Vou exagerar um pouco mas, por exemplo, você pode ter a Zhu, Egonu e a Kim no mesmo time. Mas você não pode ter três jogadoras da sua seleção no mesmo time'. E não é exagero não, essa é a nossa Superliga, nossa cruel realidade” - Sheilla, oposta do Minas

"Torcendo para o dólar disparar mesmo, ir pra 10. Só assim pra nós, jogadoras de sete pontos, termos lugar pra jogar no nosso próprio país. Incrível como a CBV e alguns clubes conseguem se superar e sempre piorar para as atletas. Liberaram três estrangeiras e mantiveram o ranking? Fora o absurdo que foi essa votação! Dois votos a nosso favor não foram computados!?!? É isso mesmo produção? Assim fica difícil, né",  - Fabiana, central do Hisamitsu Springs (JAP)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Vou te contar, tem SITUAÇÕES e PESSOAS que não me descem... Desde quando dois times participantes da superliga foram simplesmente anulados da votação do ranking?? Pq?? Alguém avisou que caso não estivessem presentes não valeria seus votos??? Resposta: NÃO, não avisaram. Esses dois times, Barueri e Curitiba votaram por e-mail e deixaram claro os seus votos...e pq a @cbvolei com base na "pressão" de certos clubes(RIO/BAURU), cederam e aceitaram o argumento de ambos de não aceitar os votos dos dois clubes que votaram por e-mail??? Como funciona? No GRITO?? (No caso do Rio, até entendo, pq fazem isso com a arbitragem tb, E funciona) ... TRISTE a postura da @cbvolei perante essa pressão. E novamente não se posicionaram como deveriam, Pq com os votos do Barueri e do Curitiba o ranking ACABARIA... Parabéns aos responsáveis, Agora aceitam adicionar uma estrangeira, ou seja, 3 estrangeiras,e mantém o ranking! ABRE AS PORTAS Para AS ESTRANGEIRAS E FECHAM AS PORTAS P AS BRASILEIRAS, Bacana!!!! Fecham os olhos pra nós Brasileiras... "que se lasque, se não cabe aqui vão jogar fora do país " . Todo mundo querendo fugir da pandemia coronavirus , ótimo, tragam o máximo de estrangeiras e nos obriguem a ir pra fora, nos obriguem a ter contato direto com esse terror q estão vivendo lá, Que lindo!!! Obrigada mais uma vez por isso... (Foto @guilhermezilse )

Uma publicação compartilhada por Thaisa Daher (@daherthaisa) em

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

INCOERÊNCIA E INJUSTIÇA. Mais uma vez somos surpreendidas quando o assunto é o ranking da Superliga. Desta vez, através de uma manobra que anulou o voto de dois clubes, por motivos controversos, definiu-se pela manutenção do ranking. Com isso, os clubes só poderão contratar até dois atletas de sete pontos, mas poderão contratar 3 estrangeiras. No cenário atual, com clubes encerrando atividades, diminuindo orçamento etc essa posição beneficia a quem? Porque é unânime entre nós atletas que isso só nos prejudica. Mais uma vez, somos as maiores prejudicadas. Será que a @cbvolei nada pode fazer a respeito? A votação não pode ser reconsiderada? Até quando nosso futuro será decidido desta forma?? “Parabéns” , @cbvolei ❌❌❌❌❌👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Uma publicação compartilhada por Gabriela Guimaraes (@gabiguimaraes10) em