O avanço da tecnologia tem uma série de benefícios para a sociedade. Mas, na mão de criminosos, as ferramentas tornam-se um arsenal poderoso. A reportagem de O Tempo reuniu dicas de como se proteger de golpes, o que fazer se for vítima de estelionato e quais são os tipos de crimes mais comuns nesse meio.

Previna-se de golpes:

  • Desconfie de ofertas tentadoras: Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.
  • Verifique a veracidade de informações: Não clique em links ou baixe arquivos de fontes desconhecidas. Confirme informações importantes em sites oficiais e procure por notícias confiáveis.
  • Utilize senhas fortes e únicas: Crie senhas complexas e diferentes para cada plataforma online.
  • Mantenha o software antivírus atualizado: A proteção contra malwares é essencial.
  • Não forneça dados pessoais por telefone ou e-mail: Instituições sérias não solicitam informações confidenciais por esses meios.
  • Tenha cuidado com redes Wi-Fi públicas: Evite acessar informações sensíveis em redes Wi-Fi públicas, pois elas podem ser inseguras.
  • Crie uma cultura de desconfiar: Esteja atento a qualquer detalhe suspeito em mensagens, emails ou ligações.
  • Aprenda sobre segurança digital: Mantenha-se informado sobre as últimas ameaças e técnicas de proteção.

Se você for vítima de um golpe:

  • Avise seu banco imediatamente: Se você suspeitar de uma transação fraudulenta, contacte seu banco o mais rápido possível.
  • Registre um boletim de ocorrência: Denuncie o crime à polícia, especialmente à delegacia especializada em crimes cibernéticos.
  • Entre em contato com a plataforma: Se o golpe aconteceu em uma rede social ou plataforma online, informe-os sobre o ocorrido.
  • Bloqueie contas e cartões: Bloqueie os cartões de crédito e as contas bancárias que possam ter sido afetados.
  • Altere as senhas: Mude as senhas de todas as contas que podem ter sido comprometidas.
  • Procure auxílio jurídico: Consulte um advogado especializado em crimes digitais para receber orientação sobre seus direitos e possíveis ações legais.

Golpes digitais mais comuns:

Phishing:

Como funciona: Criminosos enviam emails ou mensagens falsas, geralmente com aparência profissional, imitando bancos, empresas ou serviços conhecidos. O objetivo é induzir a vítima a clicar em links maliciosos ou fornecer dados confidenciais como senhas, dados bancários ou informações pessoais.

Exemplos: Emails falsos sobre atualização de dados, promoções irreais, cobranças falsas, links para sites falsos, mensagens via WhatsApp com ofertas tentadoras.

Como agir: Desconfie de emails e mensagens que pedem informações pessoais ou exigem ações urgentes. Verifique a autenticidade dos links, emails e sites antes de clicar. Não forneça informações confidenciais por telefone ou email.

Se você clicou em um link suspeito ou forneceu dados: Altere as senhas de todas as contas que possam ter sido comprometidas e contate o banco ou empresa que foi imitada.

Engenharia Social:

Como funciona: Criminosos usam técnicas de manipulação para obter informações e confiança das vítimas, geralmente explorando emoções como medo, curiosidade ou ganância.

Exemplos: Ligações de falsos funcionários da operadora telefônica, mensagens de amigos ou familiares pedindo dinheiro, contatos em redes sociais oferecendo serviços ou produtos falsos, falsas promoções em sites de compras.

Como agir: Mantenha a calma e desconfie de solicitações inesperadas, especialmente as que exigem ações urgentes. Verifique informações importantes com fontes confiáveis.
Se você forneceu informações ou fez um pagamento: Bloqueie seus cartões e contas bancárias. Registre um boletim de ocorrência e contate o banco ou empresa envolvida.

Golpe do falso boleto:

Como funciona: A vítima recebe um boleto falso por email, WhatsApp ou SMS, geralmente relacionado a uma compra ou serviço que não realizou. O boleto pode ser semelhante ao original, mas com dados bancários diferentes, levando a vítima a pagar para um criminoso.

Exemplos: Boletos falsos de serviços como água, luz, telefone, internet, boletos de compras online, boletos de cursos online.

Como agir: Sempre verifique a autenticidade de boletos com a instituição responsável. Nunca realize pagamentos sem confirmar a origem e a legitimidade do boleto.

Se você já pagou um boleto falso: Entre em contato com seu banco e a instituição responsável pelo serviço para informar o ocorrido.

Golpe do falso leilão:

Como funciona: A vítima acessa um site que simula um leilão online e encontra ofertas de produtos, principalmente veículos, a preços baixos. Ao realizar o pagamento, a vítima descobre que o leilão é falso e não recebe o produto.

Exemplos: Sites falsos de leilão de carros, imóveis, eletrônicos e outros produtos.

Como agir: Desconfie de ofertas tentadoras em sites desconhecidos. Pesquise sobre a reputação do site e dos vendedores. Não realize pagamentos sem confirmar a procedência do leilão.

Golpe do falso investimento:

Como funciona: A vítima é atraída por promessas de altos rendimentos em investimentos, como criptomoedas, fundos de investimento ou negócios online. Os criminosos criam sites e plataformas falsos para enganar as vítimas, que acabam perdendo dinheiro.

Exemplos: Investimentos em criptomoedas, negócios online, plataformas de trading falsas, promessas de rendimentos altos e sem riscos.

Como agir: Desconfie de promessas de ganhos rápidos e sem riscos. Pesquise sobre o investimento antes de aplicar qualquer valor. Consulte um profissional de finanças para obter aconselhamento financeiro.

Deepfake:

Como funciona: Criminosos utilizam inteligência artificial para criar vídeos ou áudios falsos, nos quais pessoas são representadas realizando ações ou falando coisas que nunca fizeram. Isso pode incluir políticos, celebridades ou até mesmo pessoas comuns.

Exemplos: Vídeos falsos de políticos confessando atos ilícitos, celebridades sendo retratadas em situações comprometedoras que nunca ocorreram.

Como agir: Verifique sempre a fonte de vídeos ou áudios que possam parecer suspeitos. Confirme a autenticidade com fontes confiáveis antes de compartilhar ou reagir publicamente.

Fontes: advogados Flávio Pedron, Jorge Calazans, Chayana Simões; especialista em segurança cibernética Rafael Franco; delegada da Polícia Civil de Minas Gerais Marcelle Bacellar; pesquisa direta