A Namíbia é uma “África para iniciantes”. É um turismo seguro, barato e com atrações surpreendentes. O país – que adquiriu a independência em 1990 – descobriu no turismo uma fonte importante de receita. Depois da mineração e da agricultura, a atividade responde por 17,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Geograficamente faz divisão com a África do Sul ao sul, Angola, ao norte, Botsuana e Zâmbia a leste e o oceano Atlântico a oeste. 

Uma boa maneira de conhecer o país é no roteiro de Jenman Safáris, começando na Cidade do Cabo e atravessando o país em veículos 4 x 4. Outra opção é pegar um voo até a África do Sul e, de lá, para a capital Windhoek. Por terra, as estradas que levam à Namíbia são épicas, grandiloquentes. As distâncias também. O país tem uma das menores densidades populacionais do mundo. Uma semana é tempo suficiente para conhecer as principais atrações turísticas.

Especializada em safáris com pequenos grupos – de 4 a 12 pessoas –, a operadora Jenman African Safaris organiza passeios pelo leste, pelo sudeste e pelo nordeste da África, além de Madagascar, em veículos 4x4 com ar-condicionado e teto retrátil. “Essa é uma experiência original, única”, comenta a brasileira Alessandra Azevedo van Dyk, que reside há 16 anos fora do país, agora como representante de marketing de Jenman para as Américas do Sul e do Norte, Portugal e Espanha.

Nossa trajetória foi toda por terra. Deixando da África do Sul, o rio Orange divide a fronteira com a Namíbia. A travessia é em canoas guiadas pelos nativos. A geografia muda também ao cruzar a fronteira. Troca-se pelas grandes montanhas e vegetações densas da África do Sul pelas barragens desérticas e pela vegetação rasteira. O primeiro passeio é de caiaque, pelo rio Orange, num percurso de 12 km, para apreciar as paisagens e observar as aves.

Na estrada, o guia faz uma parada estratégica do trem para um caminhão, cena que se repetirá em toda a viagem. Tanto na África do Sul quanto na Namíbia, as estradas possuem áreas seguras e equipadas com bancos e mesas para os viajantes prepararem suas refeições. O fim do trajeto do primeiro dia de estrada é o Ai-Ais Resort Fish River.

Nos safáris de Jenman, os turistas têm acomodações que vão desde acampamentos até eco-lodges de luxo. Também tem, além do passeio tradicional, uma série de atividades alternativas que podem ser contratadas antecipadamente, como passeios de bicicleta a elétrica, a cavalo ou a camelo, quadriciclo pelas dunas do deserto, minicruzeiros, caiaque, rafting, canoagem e pesca esportiva, sobrevoo de helicóptero, observação de baleias, interação com elefantes e jantares ao luar.

Ai-Ais significa “águas quentes” na língua local. O resort de águas sulfurosas é o local ideal para relaxar depois de um dia na poeira da estrada. Os banhos termais e a piscina aquecida ficam à espera do visitante, antes que ele se aninhe em quartos aconchegantes. A Namíbia oferece pousadas sofisticadas em áreas desertas e campings bem estruturados.

Novamente na estrada, surgem os primeiros animais, o órix, o antílope comum na região, flamingos e avesstruzes. Ao fim do dia, visite-se o Fish River Canyon, o segundo maior cânion do mundo, com 27 km de largura, 161 km de comprimento e profundidade máxima de 550 m. O cânion leva a fama – verídica – de ter o pôr do sol mais espetacular do sol da Namíbia.

Dependendo da hora de chegada à Vila Himba, você pode visitar a tribo Damara, na região conhecida como Damaraland. É uma zona semiárida, conhecida por suas pinturas rupestres, bosques de árvores fossilizadas (Twyfelfontein) e por seus elefantes do deserto. Além dos Damara, outra tribo da região é a dos Ova-Himba, etnia conhecida por viver da mesma maneira que há centenas de anos.

É hora de um intercâmbio cultural, de conhecer os costumes da tribo. Os homens da tribo são responsáveis pelo gado. Eles ficam no campo boa parte do ano, deixando nas aldeias as mulheres e as crianças. As mulheres himba aproveitam a chegada dos visitantes para vender seu artesanato e melhorar sua renda.

Depois de um descanso merecido no Agama River Camp, é hora de apanhar a estrada que leva a Swakopmund, cidade litorânea com arquitetura alemã. No caminho, órix, gazelas e zebras surgem nas montanhas. Em Swakopmund, existem muitos passeios opcionais. Fora do roteiro tradicional estão passeios de barco até a península dos Pelicanos, em Walvis Bay, para ver também baleias, golfinhos e uma colônia de lobos-marinhos. Os animais estão tão acostumados com os turistas que até sobem no barco para dar as boas-vindas.

A bordo de monomotores, também é possível sobrevoar as dunas e os cânions. Para os aventureiros, pode-se conhecer o deserto sobre quadriciclos. Ao sul de Swakopmund está uma região de diamantes, com acesso restrito e controlado pelo governo. Ao norte, existe a temida Costa dos Esqueletos, pontilhada por carcaças de navios, baleias e ossos humanos. Na surpreendente geografia local ainda há um encontro inusitado do mar com o deserto.

No dia seguinte, segue-se para as ilhas de Cape Cross, área de preservação que reúne mais de 200 mil Cape Fur Seals. A jornada continua pelas planícies desérticas de Brandberg, a montanha mais alta da Namíbia, com 2.572 m de altura. Após uma breve caminhada nas montanhas, depara-se com pinturas rupestres milenares, como a “Dama Branca”.

Depois de visitar o deserto de quadriciclo é hora de outro programa: caminhar pelas maiores dunas do planeta, no deserto de Sossuvlei, no Parque Nacional de Namib-Naukluft. Sossusvlei abriga as dunas mais altas do planeta, com contrastes únicos de cores e formas. Recomenda-se visitar o deserto por volta das 5 da manhã para presenciar a aurora, quando o sol lança seus raios sobre as dunas de mais de 300 m de altura. O sol não só realça o contorno das dunas como também afeta sua coloração, que varia dos tons mais claros ao laranja e vermelho. A paisagem poderia ter sido cenário do filme em cartaz nos cinemas, “Perdido em Marte”.

Perto de Sossusvlei, pode-se caminhar entre os paredões do Sesriem Canyon, esculpido há milhares de anos pelo rio Tsauchab. Durante as chuvas, as águas são represadas pelas dunas e formam lagos de argila branca e sal, também conhecidos como Sossusvlei. Quando o lago seca, árvores com cerca de 500 anos ficam presas na argila e originam paisagens conhecidas como Deadvlei.

De uma viagem passando pela África do Sul, Namíbia, Botsuana e Zimbábue, durante 22 dias, a Namíbia é a parte mais bonita pelas paisagens oferecidas aos visitantes. É onde também começa o aparecimento dos primeiros membros dos Big Five. Quando se programa um safári fotográfico deve-se ter em mente que você pode passar um dia inteiro na estrada. A rotina é a mesma em alguns dias: pegar a estrada, chegar ao hotel, comer alguma coisa e acordar bem cedo no outro dia.

O Parque Nacional de Etosha é uma área de preservação ao norte da Namíbia criada em 1907 e que abriga aproximadamente 114 mamíferos, 340 aves, 110 répteis e 16 anfíbios. É um dos quatro melhores locais para safáris do planeta. Nos três dias que se permanecem no parque pode-se observar o comportamento dos animais e depara-se com 4 dos 5 Big Five – o leão, o rinoceronte, o elefante e o búfalo. Na cena mais eloquente, acompanha-se um ataque frustrado de jovens leões e uma chita buscando alimento pela manhã, além de rinocerontes negros, hoje ameaçados de extinção, se banhando no rio.


Em dias quentes, o melhor lugar para encontrar esses animais são as nascentes de água, como o lago de sal Etosha Pan. Outra atividade interessante é iluminar poços de água para observar os animais à noite. Como Etosha é uma região árida, animais como girafas e zebras agrupam o mesmo espaço com rinocerontes e elefantes.

Um dia depois de deixar Etosha, segue-se para o extremo norte da Namíbia, em direcção à divisa com Angola. Nosso destino é o delta do Okavango, em Botsuana. O caminho até lá é por estradas alagadas. Estamos, enfim, nos despedindo da Namíbia com uma conclusão: a África é um continente ainda a ser descoberto pelos brasileiros, um lugar rico em biodiversidade, com magníficos parques naturais onde os animais vivem livremente, imensas cadeias de montanhas e uma concentração excepcional de arte rupestre.

Fotos: Matesu Baranowski / Divulgação

Serviço:

Quem leva: SS Viagens
Informações: (31) 3048-1777 ou SS Viagens 
Preço: Sob consulta,
Pacote: Inclui 21 noites, 21 cafés da manhã, 18 almoços e 12 jantares, além da maioria das atividades
Reservas e informações: Envie um email para info@jenmansafaris.com ou alessandra@jenmansafaris.com
Site: Acesse Jenman Safaris