Esqueça o agito de Ouro Preto ou o clima urbano de São João del Rei. Tiradentes é outra história. É uma mistura de religiosidade, cultura, natureza e gastronomia. Seu charmoso centro histórico tem casinhas singelas, sobrados coloridos e ruelas de pedras irregulares, à noite iluminadas pelos lampiões que criam uma atmosfera perfeita para os visitantes. 

Tiradentes tem um roteiro que não foge à regra: passeie pelas ruas e pelo casario da cidade até descobrir seus atrativos. De hora em hora, dê uma pausa para degustar sua deliciosa gastronomia, visitar os ateliês locais ou se deslumbrar com seus inúmeros antiquários.

Passeio de maria-fumaça

A Estação da Estrada de Ferro é um dos mais belos prédios da cidade, erguido em 1880/1881. Ainda funcionam as locomotivas a vapor que datam do início do século XX, hoje utilizadas em um passeio de Tiradentes a São João del Rei. O trajeto, de 12 km, margeia o rio das Mortes e dura 40 minutos. Em frente à construção fica a rotunda – mecanismo que permite que a locomotiva inverta a sua posição na linha férrea para voltar a São João. As saídas acontecem de quinta-feira a domingo. R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia). Ida e volta: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Acesse o site.

Visite a igreja Matriz de Santo Antônio

A igreja pode ser considerada um dos mais belos templos do barroco brasileiro. A imponente matriz que parece proteger do alto toda a cidade tem em seu interior, além de belíssimas pinturas, lustres de prata, altar revestido em ouro e órgão de origem portuguesa em estilo rococó de 1788. Esculturas da porta e da entrada são atribuídas a Aleijadinho. Áudio narra a história do monumento e suas curiosidades. No interior, o espetáculo fica pro conta do concerto de órgão, que acontece ás sextas-feiras, às 20h. Entrada a R$ 5.

Chafariz de São José

Não é possível caminhar pela cidade e não se deparar com o mais belo chafariz de Minas Gerais, construído em 1749 com três fontes. O objetivo delas era abastecer Tiradentes de água potável para os escravos lavarem roupa e os animais matarem a sede. Na fachada, há a imagem de terracota de são José de Botas, do século XVIII, e um brasão da coroa portuguesa. Na época, uma lei previa punição a quem utilizasse o chafariz de forma inadequada. Rua Francisco Cândido Barbosa, 34.

Bichinho

Com um apelido curioso, o distrito de Vitoriano Veloso, mais conhecido como Bichinho, é uma sequência de casas antigas que servem como residências, oficinas, ateliês e loja de artesanato. Os habitantes se orgulham de formar uma das maiores concentrações de artesãos da região. O povoado fica a 7 km de Tiradentes, com acesso pela estrada de terra que liga a cidade a Prados. No centrinho, a igreja de Nossa Senhora da Penha revela suas origens setecentistas. O município mantém, ainda, um trecho da Estrada Real original. Em seu artesanato concentram-se cerca de 70 artistas que trabalham em diversos segmentos como arte em ferro, madeira, papel machê, cabaças e artes plásticas, dentre outros.

Museu da Liturgia e Museu de Sant’Ana

Dos museus da cidade, vale muito conhecer o da Liturgia (com entrada a R$ 10 inteira e R$ 5 meia) e o de Sant’Ana (ingressos a R$ 5 e R$ 2,50 meia). O Museu da Liturgia é o único dedicado ao tema na América Latina. Com um acervo de mais de 420 peças sacras dos séculos XVIII a XX, conta com quatro ambientes com instalações audiovisuais, terminais multimídia e um amplo programa educativo. Rua Jogo de Bola, 15. Já o Museu de Sant’Ana está no antigo prédio da cadeia pública e reúne uma coleção de 300 imagens que representam a santa prote- tora dos lares, da família e dos mineradores. Rua Direita, 93.