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De novo.
O que parecia simples, o Brasil conseguiu complicar.
Normal.
Gabi, sempre ela, evitou o pior, que seria voltar para casa de mãos vazias.
Gabi salvou literalmente a pátria.
O Brasil pode e deve colocar na conta dela a medalha de bronze.
A ponteira do Brasil assumiu a responsabilidade e fez incríveis 35 pontos na vitória contra o Japão por 3 sets 2.
Gabi colocou a bola debaixo do braço e resolveu.
A capitã da desequilibrou.
Ela de um lado, Yoshino Sato do outro, com 34 pontos, protagonizaram um duelo espetacular.
Se não fosse Gabi, a seleção estaria amargando a quarta colocação e vendo as japonesas levarem o bronze.
O Brasil que enfrentou o Japão foi basicamente o retrato do time na temporada.
Nos dois primeiros sets lampejos da inesquecível batalha contra a Itália.
Na sequência, uma equipe desconcentrada, refém de apagões sucessivos, insegura nas ações e completamente dependente de Gabi.
A reação do Japão dava a sensação que o Brasil não conseguiria se recuperar emocionalmente dando margem ao conhecido discurso da derrota na véspera.
E óbvio que a eventual justificativa não seria aceita, afinal as japonesas, essas sim, tiveram o quarto set nas mãos contra a Turquia e deixaram escapar o tie-break.
O Brasil provou na disputa do bronze que o sofrimento sempre foi opcional.
E com gosto.
O simples se torna complexo, o fácil se torna difícil e o óbvio se torna óbvio.