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A França não é nada demais.

E ficou provado nas quartas de final.

Mas as palavras e os fatos nem sempre estão de acordo com a realidade.

Dizem que o pior monstro é o que você cria dentro da sua própria mente, caso das jogadoras e da comissão técnica do Brasil.

E não é que a seleção novamente flertou com o perigo nos dois primeiros sets contra a França?

Apenas no terceiro, com 2 a 0 a favor, o Brasil conseguiu desfrutar da partida e consequentemente da imensa diferença técnica entre as duas seleções, que nunca deixou de existir.

A conclusão que se chega é que o simples é muito mais atraente.

É claro que o peso e a pressão de um jogo eliminatório pesam e devem ser levados em consideração, mas não justificam de maneira alguma o drama registrado nos dois primeiros sets, decididos nos detalhes e no VAR.

E por falar em Rosamaria, a comissão técnica agiu bem e mostrou coerência na escalação.

Nada mais justo.

Se Rosamaria e Roberta entraram e mudaram a cara da seleção contra a República Dominicana, natural que a dupla fosse escalada diante da França.

E pela primeira vez no Mundial, exceção de Grécia e Porto Rico, que não contam, o Brasil começou e terminou com a mesma escalação.  

Bom sinal, ainda que seja cedo para afirmar que é definitivo.

A outra boa notícia vem da ponta. 

Julia Bergmann, segura e extremamente concentrada, fez o melhor jogo dela na Tailândia, dividindo a responsabilidade com Gabi.

A verdade, descrita e cravada, é que a França nunca foi esse monstro criado e alimentado pelo Brasil.

A Itália, se for o caso, combina mais com o ser imaginário.