Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito.
A CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, é um escárnio.
Na ausência de critérios, é impossível ser mais esperto do que o mais idiota.
A atual gestão do vice que não aparece, só em finais, nunca deve ter ouvido falar em direitos iguais, princípio básico.
Igualdade.
A crise do VAR teve mais um deprimente capítulo revelado pelo blog e assinado pela irresponsável gestão.
Como se não bastasse ignorar as promessas feitas antes da Superliga, a entidade simplesmente decidiu adotar critérios suspeitos e inaceitáveis para o uso do VAR, prometido anteriormente em todos os jogos pela CBV.
Dirigentes de vários clubes procuraram o blog para denunciar.
O caso é grave e envolve discriminação.
A CBV simplesmente não irá liberar o VAR para todos os times que jogam a Superliga.
O blog teve acesso ao documento enviado aos 24 clubes inscritos na competição:
'Prezados Supervisores e Supervisoras, boa tarde!
Com o objetivo de replicar nas competições nacionais de voleibol de quadra as mesmas estruturas e condições técnicas dos principais eventos internacionais no que diz respeito ao sistema de desafio; auxiliar as decisões da arbitragem em jogos de Voleibol de alto nível, além de proporcionar as melhores condições técnicas para o desempenho dos árbitros, preservando assim o cumprimento fiel das regras do jogo; e dar credibilidade à competição quanto ao resultado dos jogos; a CBV viabilizou a aquisição de 06 kits do sistema de desafio, além de dois sistemas já comprados anteriormente totalizando oito equipamentos.
Diante disso, para selecionar os oitos clubes a serem contemplados no projeto do desafio, a CBV usou o critério técnico de ranking, de acordo com a temporada 2021/2022, sendo assim, optamos por beneficiar os quatros primeiros colocados do naipe feminino, sendo eles:
Minas Tênis Clube (1º colocado)
Dentil Praia Clube (2º colocado)
SESI Bauru (3º colocado)
SESC RJ Flamengo (4º colocado)
No caso do Masculino, o mesmo critério foi utilizado, porém foi desconsiderada a equipe da FUNVIC por ter sido desclassificada por questões no FAIR PLAY FINANCEIRO, a equipe do SADA CRUZEIRO que já adquiriu o sistema com recursos próprios e o Minas Tênis Clube que joga no mesmo ginásio da equipe feminina que será beneficiada pelo projeto, sendo assim, optamos por beneficiar os quatros primeiros colocados do naipe feminino, sendo eles:
SESI – SP (3º colocado)
Vedacit Guarulhos (4º colocado)
Apan Eleva (5º colocado)
Volei Renata (6º colocado)
Farma conde (7º colocado)
Seguindo as diretrizes e orientações da matriz de responsabilidade os clubes beneficiados são responsáveis:
Pela instalação do telão de LED ou Projetor nos jogos com desafio;
Assinatura do termo de cessão de uso e responsabilidades;
Capacitação e treinamento de novos operadores;
Pagamento referente as despesas e custos operacionais sistema de desafio
E a CBV será responsável por:
Arcar com os custos da logística do envio do sistema para os clubes beneficiados;
Pagamento dos oficiais de arbitragem (juiz de linha e arbitro de vídeo) dos jogos com sistema de desafio;
Adquirir os equipamentos e custear as licenças até a temporada 2022/2023;
Sendo assim, peço aos supervisores dos clubes beneficiados que façam suas análises e seu planejamento a fim de identificar no calendário oficial os jogos que receberão o sistema de desafio na fase classificatória.
CRONOGRAMA
DE ACORDO do clube beneficiado com a proposta acima até o dia 04/11/2022
Assinatura do termo de cessão e responsabilidade até o dia 11/11/2022
Envio do sistema para os respectivos clubes
Apresentação do calendário com a identificação dos jogos a receber o sistema de desafio até o dia 18/11/2022
Aproveito a oportunidade para compartilhar alguns documentos
Tabela dos profissionais que participaram da capacitação técnica em 2021
Apresentação do projeto atualizada
No mais, agradecemos a compreensão de todos
Grato
Luiz Brum
GERENTE DE PLANEJAMENTO E COMPETIÇÕES DE QUADRA'
Isso significa dizer que equipes tradicionais como Osasco, Barueri, de José Roberto Guimarães, Fluminense, Suzano e Montes Claros ficarão sem o VAR quando mandantes.
Óbvio que Flamengo e Campinas, aliados políticos, não estão de fora.
Os times pequenos acabaram ignorados e simplesmente pisoteados pela CBV.
Qual a diferença deles para Blumenau e São José dos Campos, o ex-Itapetiniga que está pendurado no mercado?
Preconceito?
São Caetano, Brasília, Maringá, Araguari, Rede Cuda e Brusque não podem aceitar passivamente.
Nem eles, nem os grandes ignorados pela política repugnante da CBV.
É bom deixar claro que se a vergonhosa proposta passar, o VAR será liberado apenas na quarta rodada, ou seja, o que passou não importa, quem foi prejudicado que procure seus direitos.
Desigualdade.
Incompetência nesse triste episódio é com boa vontade, tragédia.
A discriminação e o preconceito são o último estágio da ignorância.
Não falta mais nada.