Que dominguinho gostoso! Bola rolando às 16h, aquele tropeirão no almoço pré-jogo (pelo menos no meu). Até chuva teve em Belo Horizonte, depois de sei lá quantas centenas de dias. E, pra completar o combinado de eventos raros, o Galo fez um ótimo jogo (!), com reservas (!), criando muitas chances (!) e sem tomar gol (!). Melhor impossível!
Pouco mais de 24 mil atleticanos compareceram à Arena. A escalação trouxe boa dose de preocupação. Entre os 11 iniciais, só Everson, Alonso e Alan Franco titulares. O quarteto ofensivo tinha Igor Gomes, Palacios, Cadu e Deyverson. A confiança do atleticano no elenco não está lá essas coisas, mas deu certo!
O Galo teve atuação muito segura. É bem verdade que a fragilidade do Bragantino ajuda muito. O time do Pedro Caixinha, antigamente, jogava e deixava jogar. Os jogos deles eram sempre recheados de melhores momentos, lá e cá. Na atual fase, estão só “deixando jogar” mesmo.
Com espaço, Palacios participou muito, mas deu mais uma prova que é um jogador com potencial (por enquanto, nada além disso). Toma decisões erradas, precisa aprimorar muito a finalização, entre outras questões. Deyverson, enfim, anotou o primeiro vestindo preto e branco. Perdeu o pênalti, mas se redimiu num lance típico de centroavante: pivô, movimentação e finalização precisa. Tá perdoado, Deyvinho!
Cadu também fez o seu (que valeu, finalmente!). O moleque tem quatro gols anulados na temporada, coitado. Azarado que só ele. Esse não tinha o que acharem de irregularidade. Tem suas qualidades. Ainda é jogador “pra compor o grupo”, mas segue uma linha de evolução.
Fausto Vera fez mais uma boa partida (a segunda consecutiva) ao lado do ótimo Alan Franco. Igor Gomes fez bem seu papel também, inclusive com assistência. Lyanco fez jogo muito sólido e está claramente incomodado com o banco de reservas, mas faz parte, é processo. Eu ainda não tiraria Battaglia ou Alonso da zaga do “time ideal” pra colocar no time o zagueiro-galã.
Dos titulares que entraram, destaque pro Hulk, que fez o que tá acostumado a fazer: gol, beijo e coração pra vocês (ai, credo). O lance do 3 a 0, inclusive, lembrou muito a jogada da "casquinha" do Jô pra Tardelli ou Bernard que tanto usamos em 2013. Agora, com Deyverson, rolou pela primeira vez.
Sobres os laterais… bom, precisamos falar de Rubens. Precisamos tanto falar de Rubens que meu texto de amanhã neste espaço será só sobre ele. Vou deixar apenas um pitaco inicial pra não embolar os assuntos: se vira, Milito. O moleque tem que jogar mais. Deixar o Rubinho “só” de reserva do Arana é um desperdício danado. Mariano não comprometeu, apesar de um ou outro duelo perdido, mas pra quarta-feira não dá pra arriscar - se Saravia não voltar, tem que improvisar de novo.
O coração já começou a bater diferente. O Galo nunca luta sozinho, foi a mensagem que a Arena MRV exibiu nos telões depois de o juiz apitar e decretar nosso 3 a 0 sobre o Bragantino. Quarta é dia de guerra. De ganhar do Fluminense, do Mano Menezes, do gramado arenoso e da acústica ruim no gogó, na raça e, claro, na bola. E chegar pra esse jogo com a confiança amplificada (e não abafada) é importante demais. Gratidão, amigos do Deyvinho!
Vamos, Galo!