O Cruzeiro entra em campo contra o Criciúma neste sábado (8), no Mineirão, com contas a serem pagas junto à torcida. É o último jogo frente à Nação Azul antes da final da Copa Sul-Americana e com o jejum de vitórias no torneio nacional, vencer é uma obrigação. Dar este até breve com um tropeço não é o tipo de imagem que este elenco quer deixar. Ao menos espero que esta seja a mentalidade.
O Criciúma vem aqui com a corda no pescoço, não vence há três jogos e está colado no Z4. É uma partida que inspira cuidados, mas o desespero do Tigre não pode ser maior do que a vontade de vencer do Cruzeiro. É um jogo para passar uma mensagem. É preciso que este elenco mostre indignação pelo momento e exponha em campo a resposta.
Com a temporada caminhando para o fim, cada jogo também é uma despedida ou a oportunidade de estender o contrato. Está mais do que evidente que alguns nomes não estão nos planos, enquanto outros correm por uma espécie de "sobrevida". A reformulação é mais do que necessária, tendo em vista que o plantel mostrou-se desequilibrado e curto.
São oito jogadores com os vínculos se encerrando no fim desta temporada, começando pelo goleiro Gabriel Grando, que transformou-se em um mero espectador no clube depois da vinda acertada de Cássio e as boas atuações de Anderson.
Wesley Gasolina tem tudo para estar na barca, assim como os volantes Ramiro e Lucas Silva. Esse último, apesar de sua história vitoriosa no clube, vem sendo nitidamente preterido em termos de aproveitamento direto, não sendo uma primeira opção de alteração. Pedrinho pode até ter colocado o futuro de Rafa Silva nas mãos de Diniz, mas não há clima para que o atleta tenha seu vínculo renovado depois da lamentável expulsão contra o Athletico-PR.
Uma lista que pode ser ampliada com Barreal e Gabriel Veron. Esses dois, todavia, estão naquele rol de atletas que ainda estão em observação. Mas é possível que o desfecho da temporada não lhes reserve uma nova oportunidade na Toca.
Apesar de que o Cruzeiro tem uma final de campeonato pela frente daqui a poucos dias, 2025 realmente já bate à porta do clube. Passa pelo técnico, uma manutenção de Diniz, um novo planejamento e também a promessa de um mercado agitado pela frente.
É bom ver o Cruzeiro sendo cotado na briga por grandes jogadores. Mostra muito da ambição - e também da necessidade - deste time. Gabriel Barbosa voltou à pauta nos últimos dias e seria uma contratação, pelo menos ao meu ver, bastante interessante para um ataque improdutivo. Não é de hoje que o time possui um problema crônico de gols. Se o Cruzeiro tiver dinheiro para tal tipo de investimento em 2025, a contratação seria certeira.
E claro, Jhon Arias seria ainda mais certeiro do que Gabigol. Um atleta de seleção colombiana, campeão da Libertadores e que obteve um grande nível de excelência sob o comando de Fernando Diniz.
Nos dois casos, não há nenhum tipo de confirmação ou proposta concreta, mas o fato é que o Cruzeiro precisa continuar em seu processo de retomada e a construção de uma mentalidade vencedora, passará por grandes reforços. Jogadores que cheguem ao clube com lastro. Que verdadeiramente resolvam e não sejam apenas apostas/ou atletas com potencial de crescimento.
Faltam referências dentro do elenco do Cruzeiro, nomes que possam se somar a Cássio e que tragam consigo, além de qualidade técnica, essa vontade de vencer que muitas vezes falta a este grupo. Sabe aquele sangue nos olhos? De mostrar que um sacode precisa acontecer depois de mais dois meses sem vencer uma partida sequer na Série A? Pois é.
Resta saber quanto o Cruzeiro estará disposto a investir. Que o futuro também reserve à Nação Azul um time à sua altura. Uma equipe verdadeiramente vencedora.