A rápida eliminação de Bia Haddad Maia no WTA 1000 de Toronto ligou o sinal de alerta para um momento delicado na temporada da tenista brasileira. Ela perdeu para a holandesa Suzan Lamens por 2 sets a 1, com parciais de 6/2, 1/6 e 6/3 nesta terça-feira (29). 

Embora a derrota no Canadá não tenha impacto imediato — já que Bia não defendia pontos no torneio — o calendário que se aproxima exige resultados expressivos para evitar uma queda drástica no ranking mundial.

Atualmente na 21ª colocação da WTA, a paulistana encara, nas próximas semanas, um dos trechos mais desafiadores do ano. Serão mais de mil pontos a defender entre agosto e setembro, incluindo os 430 conquistados nas quartas de final do US Open de 2023 — seu melhor resultado em um Grand Slam — e os 500 do título no WTA de Seul.

Antes disso, Bia disputa o WTA 1000 de Cincinnati, a partir de 7 de agosto. A competição representa sua última chance de somar pontos antes da série pesada de descartes no ranking. Em seguida, ela joga o WTA 500 de Monterrey, no México, enquanto perde os 163 pontos da final de Cleveland do ano passado.

O risco é claro: se os resultados não vierem, Bia pode deixar o top 50 ainda antes do fim de setembro. Neste ano, considerando apenas os pontos somados em 2025, ela ocupa a modesta 58ª posição com 703 pontos — um reflexo de uma temporada marcada por instabilidade

Desde o início do ano, a brasileira vem lutando para reencontrar o bom ritmo que a destacou em 2022. Enfrentou nove derrotas consecutivas entre janeiro e abril e teve apenas dois desempenhos de destaque: semifinal em Estrasburgo e quartas de final em Bad Homburg. Nos três Grand Slams do ano, não passou das oitavas de final — e caiu ainda na estreia em Roland Garros.