O número de municípios gaúchos que registraram danos causados pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada subiu para 146, segundo dados da Defesa Civil. Ao menos quatro pessoas morreram em decorrência dos temporais e um homem segue desaparecido. O estado tem 7.098 desalojadas e 1.016 desabrigados, e mais de 700 pessoas precisaram ser resgatadas.
O maior número de desabrigados está em Eldorado do Sul, com 184 em abrigos. A cidade foi a mais atingida pelas enchentes de maio de 2024, quando teve quase 100% da área urbana tomada pela água.
Apesar de os rios Caí e Taquari terem registrado aumento do nível após as chuvas de domingo (22) e segunda-feira (23), não há previsão de enchentes semelhantes às da última semana. A Defesa Civil também deixará de divulgar boletins diários e fará apenas atualizações pontuais.
Na tarde de segunda-feira, rajadas de vento fizeram a água avançar sobre trechos da orla do lago Guaíba, em Porto Alegre. A Defesa Civil da capital gaúcha precisou fazer resgates nas ilhas de Porto Alegre devido à oscilação no nível da água causada pelos ventos.
O nível do lago atingiu 3,27 metros às 9h15 desta terça, cima da dos 3,2 metros registrados há dois dias. O local está em cota de alerta após enchentes nos principais afluentes. A cota de inundação é 3,6 metros, mas não há expectativa que o Guaíba chegue a esse nível. O recorde foi atingido em maio de 2024: 5,35 metros.
Nesta semana, as chuvas devem dar espaço a uma massa de ar polar que traz uma queda brusca nas temperaturas - nesta terça-feira (24/6) foi registrada a mínima do ano no Brasil, -8,2ºC, em Urupema (SC).