O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou a transferência para um presídio de Minas do idoso de 71 anos, condenado por matar o dono de um restaurante em Minas Gerais. Pedro Marques Motta foi preso em Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia, no último sábado (12 de outubro), após 18 anos foragido, condenado por ser autor do crime cometido em 2006, na cidade de Cataguases, a 300 km da capital mineira Belo Horizonte.

Segundo o MPMG, a prisão do idoso foi mantida durante a audiência de custódia realizada nessa quarta-feira (16 de outubro), em Santa Cruz de Cabrália. A Justiça da Bahia determinou a transferência de Pedro para Feira de Santana, também no interior baiano. O MPMG, no entanto, garante que já solicitou ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais que o criminoso seja transferido para um presídio mineiro.

Pedro Motta foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato de um proprietário de um restaurante, em Cataguases, na Região da Zona da Mata, seguido da tentativa de assassinato de uma mulher.

De acordo com as investigações, o criminoso é dentista aposentado e, no momento da prisão, demonstrou boa condição financeira, sendo, inclusive, proprietário de fazendas na Bahia. Ele estava foragido na zona rural de Cabrália há aproximadamente três anos, onde recebia suporte de familiares e amigos.

O crime

Conforme denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Cataguases, apresentada à Justiça em 2007, no dia 9 de novembro de 2006, nas proximidades do Restaurante Canto Mineiro, no centro de Cataguases, Pedro Motta, de forma livre e consciente, utilizando uma pistola, disparou contra a ex-mulher, à época dos fatos com 36 anos, que ficou ferida. 

Depois, com a mesma arma de fogo, Pedro atirou contra um homem de 39 anos, causando-lhe lesões que ocasionaram a morte da vítima. As investigações apontam que Pedro estava inconformado com o namoro da ex-mulher com o homem assassinado.

Ainda de acordo com a denúncia, Pedro e a mulher foram casados entre setembro de 2003 e agosto de 2006. Numa tentativa de reatar o relacionamento, poucos meses antes do homicídio consumado e da tentativa, eles tiveram uma conversa. No entanto, em um determinado momento, Pedro aplicou uma “gravata” na mulher e colocou uma faca no pescoço dela, ameaçando-a de morte. As investigações apontam que Pedro já havia ameaçado a ex-mulher em outras ocasiões.

Para o MPMG, “os crimes foram praticados por motivo torpe, ou seja, em razão de a mulher não reatar o relacionamento com o então denunciado e manter um namoro com outro homem".