A família da mineira Suzan Christian Barbosa Ferreira, de 42 anos, desconfiou que a empresária tinha sido vítima de um crime violento pelo noticiário norte-americano. Uma reportagem do portal “M Live” contava de um corpo de uma mulher encontrado sem roupas às margens de uma rodovia na cidade de Northfield Township, em Michigan, nos Estados Unidos, no domingo passado (30 de junho). Ler o resumo policial foi um choque para os parentes de Pedro Leopoldo, na Grande BH, que estavam há mais de uma semana sem conseguir contato com Suzan. “Foi devastador”, define a irmã mais nova, Roberta Ferreira, de 38 anos.
“Primeiro, acharam um corpo sem identificação. Nós suspeitamos que era ela no momento em que vimos a reportagem. Entramos em contato com o detetive do caso, que fez algumas perguntas e pediu um raio-x para identificar minha irmã pela arcada dentária. Foi quando confirmamos o que temíamos”, continua a contar. A investigação suspeita de violência sexual, uma vez que a mulher estava sem roupas quando foi encontrada. O local onde o corpo foi abandonado é uma área erma, com poucas casas com grandes extensões de terra entre elas.
Para a irmã, a sensação é que um buraco foi aberto em seu peito. “Foi tudo tão repentino. Não tivemos tempo para nos despedirmos dela. Minha irmã era maravilhosa, uma ótima mãe. Era minha melhor amiga”, lamenta Roberta, que também é empresária. A família tem um negócio de importados, e Suzan foi aos Estados Unidos com a intenção de ampliar a empresa.
“Ela foi sozinha, porque era a única que tinha visto e que falava inglês. Minha irmã foi para lá para melhorar o nosso serviço de venda online. Ficou cerca de 23 dias estudando o mercado, e logo esta última semana, antes de voltar, seria para passear”, relata a irmã. Suzan deixou dois filhos, de 15 e 5 anos.
Justiça
Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. A família também reclama que não consegue atualizações do caso por parte da Justiça norte-americana. “Queremos pressionar as autoridades norte-americanas, porque elas não falam nada para a gente, nem a causa da morte. Eu preciso saber quem foi que fez essas coisas com ela. A nossa família precisa disso”, pede.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) afirmou à reportagem que está acompanhando o caso. O Consulado-Geral do Brasil em Chicago garantiu que está em contato com as autoridades locais e os familiares de Suzan “para prestar a assistência cabível”.
Família abriu vaquinha para translado do corpo
A família de Suzan pede solidariedade para arrecadar dinheiro para o translado do corpo de volta ao Brasil. O valor do serviço foi orçado em R$ 100 mil, e a vaquinha está disponível neste link (clique AQUI). “É a única forma da gente dar um último adeus para minha irmã e poder vê-la. Gostaria de pedir a quem puder doar, seja qualquer valor, precisamos de ajuda rápida para poder contratar serviço funerário e liberar o atestado de óbito. Sozinhos nós não conseguimos arcar”, diz Roberta.
De fato, o Itamaraty afirmou que, conforme lei, o traslado dos corpos de brasileiros falecidos no exterior “não pode ser custeado com recursos públicos”. “As Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”, acrescentou.
- Qualquer contribuição é aceita pelo link (clique AQUI) ou via Pix usando a chave: 4938005@vakinha.com.br.
Entenda
Segundo o portal norte-americano 'M Live', um casal estava caminhando pela estrada de terra de Northfield Township, em Michigan, nos Estados Unidos, no domingo (30 de junho), quando avistou o corpo de Suzan, sem roupas, caído em um bueiro à beira da via. Eles estranharam o cheiro que vinha do local.