O volume de chuva registrado em Ipatinga, no Vale do Aço, na madrugada deste domingo (12 de janeiro), superou o acumulado da chamada "chuva de mil anos" que provocou diversos estragos em Belo Horizonte em 20 de janeiro de 2020. Em coletiva de imprensa, o prefeito da cidade, Gustavo Nunes, informou que somente o bairro Betânia recebeu 204 mm de água da chuva no período de uma hora. Ou seja, caíram 204 litros de água da chuva por m² na região. Até o momento, nove mortes foram confirmadas.
A informação sobre o acumulado de chuva no Betânia atualiza o índice divulgado anteriormente pelo prefeito Gustavo Nunes, que apontava 80 mm de chuva em pouco menos de uma hora para toda a cidade. "Reunidos com toda a equipe, nos deparamos com esse número que, na verdade, é muito maior", corrigiu o prefeito.
Para comparação, no evento extremo registrado em Belo Horizonte, choveu 102 mm em 40 minutos em todas as regionais. Em Ipatinga, os estragos ainda estão sendo contabilizados. "O município sofreu com fortes chuvas na madrugada. Foram vários pontos de deslizamentos de terra, em vários bairros, e, com eles, os desmoronamentos de residências. Praticamente toda a cidade apresentou danos", afirmou Nunes.
Segundo ele, o solo da cidade já estava encharcado, pois Ipatinga tem recebido chuvas constantes nos últimos 30 dias, o que teria contribuído para os deslizamentos de terra. Segundo o último balanço, 150 moradores tiveram que deixar suas casas, e uma pessoa ficou ferida. Além disso, há ainda uma vítima desaparecida entre os escombros dos deslizamentos.