O prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião, garantiu que intervenções serão feitas no Anel Rodoviário, mesmo que o governo federal não disponibilize recursos. A declaração foi dada nesta segunda-feira (13 de janeiro), durante coletiva para tratar da reabertura da área de escape do Anel Rodoviário. A estrutura criada para evitar acidentes ficou fechada por uma semana para reforma.
A declaração de Damião reforça as medidas já anunciadas pela Prefeitura de Belo Horizonte em agosto de 2023. Na ocasião, o prefeito Fuad Noman apresentou um pacote de obras em oito pontos da via mais movimentada da capital mineira, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3).
Nesta segunda, além de garantir as obras, Damião afirmou que a municipalização do Anel Rodoviário, atualmente gerido pela União, está a “poucas assinaturas” de acontecer, mas não anunciou uma previsão de data. “Se o governo federal falar que entrega o Anel (cede para a administração do município), mas não repassa nenhum recurso para fazer a manutenção, não temos problemas com isso”, afirmou.
“Belo Horizonte tem condições de assumir o Anel Rodoviário. Claro que queremos a participação do governo federal, mas não colocamos isso como empecilho. Se o Governo Federal não der recurso, vamos fazer com o dinheiro do povo de BH porque é esse povo que sofre com o Anel Rodoviário”, acrescentou.
O pacote de reformas do Anel anunciado pela prefeitura em 2023 inclui a construção ou alargamento de viadutos já existentes, alças viárias e passarelas, com investimento estimado em R$ 1,5 bilhão. Quando apresentou o projeto, a prefeitura afirmou que os recursos seriam enviados pelo governo federal, enquanto a prefeitura seria responsável pela elaboração dos projetos e execução das obras.
Veja as obras propostas pela prefeitura:
- Viaduto da BR-040 sobre o Anel Rodoviário: novas alças viárias e implantação de novo viaduto.
- Viaduto sobre a avenida Amazonas: alargamento do viaduto existente, implantação de dois novos viadutos, alças e passarela.
- Viaduto sobre a avenida Presidente Antônio Carlos: alargamento do viaduto existente, alças e passarela.
- Pontilhão ferroviário no bairro Betânia: alargamento do viaduto existente, implantação de novo viaduto, alças e passarela.
- Viaduto sobre a avenida Tereza Cristina: alargamento do viaduto existente, implantação de novo viaduto, alças e passarela.
- Viaduto da Praça São Vicente: implantação de quatro novos viadutos e alças viárias.
- Viaduto sobre a avenida Pedro II: implantação de dois novos viadutos e alças viárias.
- Viaduto sobre a avenida Cristiano Machado: alargamento do viaduto existente e implantação de novo viaduto.
Anel Rodoviário de BH
O Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, inaugurado na década de 1960 para desviar o tráfego de carga do centro de Belo Horizonte, tornou-se, devido ao crescimento populacional da Região Metropolitana, um dos corredores de trânsito urbano mais movimentados da cidade.
Com 26,2 quilômetros, o Anel conecta as rodovias BR-262 e BR-381, nos bairros Goiânia e Nazaré (região Nordeste), à BR-040 e BR-356, no bairro Olhos d'Água (região Oeste). A rodovia, que cruza importantes avenidas da capital mineira, como Cristiano Machado e Antônio Carlos, recebe diariamente cerca de 130 mil veículos.