A Copasa formalizou nesta segunda-feira (17 de fevereiro), em Belo Horizonte, a ordem de execução para o começo das atividades de ampliação das redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 30 comunidades de Contagem, contempladas no plano estratégico do Programa Reviva Pampulha, que tem como objetivo a recuperação da lagoa. Esta fase, que conta com um aporte de R$ 40 milhões, é a mais relevante do ponto de vista social e vai eliminar o lançamento irregular de esgoto de 1.300 famílias, beneficiando mais de 18 mil pessoas na região, conforme a companhia.

Após a assinatura nesta segunda-feira, serão iniciados os serviços de interligação dos imóveis dessas comunidades que já aderiram ao sistema público de esgoto, permitindo que os resíduos sejam conduzidos adequadamente para o tratamento correto, deixando de ser despejados de maneira irregular nos cursos d’água locais e, consequentemente, na Lagoa da Pampulha. 

Para garantir a adesão dos moradores, equipes da empresa vêm realizando a mobilização social, fazendo um trabalho corpo a corpo junto aos moradores, para conscientizá-los sobre a importância da interligação às redes coletoras da companhia. Essa é uma atividade fundamental, segundo o gestor de Empreendimento de Grande Porte da Copasa, Tiago Miranda, já que a adesão do morador é essencial para o resultado final do plano. “É importante que a população saiba que a Copasa vai arcar com todos os custos para realizar essa ligação. Basta que o cliente permita que seu imóvel seja interligado ao sistema”, explicou.

Os trabalhos serão iniciados nas comunidades Sequoia/Teleférico e Perobas. Na sequência, os benefícios serão ampliados para as comunidades: Boa Vista, Bela Vista, Novo Boa Vista DNIT, Padre Dionísio, Morro dos Cabritos, Francisco Mariano, Oitis, Avenida II/Colorado, Beatriz, Alvorada, Boa Esperança, Urca, Kennedy, Capelinha, Floriano Peixoto, Boa Vista/Gangorras, Jardim dos Bandeirantes, Bambu Verde, Novo Progresso, São Sebastião, Carajás, Senhora da Conceição, Xangrilá, Urca/Sta Luzia, Gangorras, Bonanza, Estação Bernardo Monteiro, Nacional e Tenente Castorinho.

Segundo Miranda, mais de 99% da população da bacia da Pampulha já conta com o tratamento de seu esgoto. Esta etapa, que contempla locais de maior complexidade, contribuirá para o alcance de 100% dos esgotos coletados e tratados pela Copasa. O contrato assinado é na modalidade de performance, cuja remuneração da contratada é baseada no desempenho, o que garante qualidade e agilidade nos trabalhos executados. “Para 2025 e 2026, a companhia projeta se aproximar ainda mais da universalização dos serviços na bacia da Pampulha”, garantiu o gestor.

Conforme a Copasa, mais do que eliminar o esgoto lançado na Lagoa da Pampulha, as obras vão garantir saúde e qualidade de vida às mais de 6.000 famílias, que hoje convivem lançamentos irregulares de esgoto nas vias e cursos d’água. Para a gerente Regional da Copasa em Contagem, Renata Mayrink, as obras nessas comunidades, consideradas Áreas de Interesse Social (AIS) no Plano de Ação da bacia da Pampulha, trarão benefícios que serão usufruídos por todos. “As pessoas terão a comodidade de verem água de qualidade saindo das torneiras de casa todos os dias e contarão com a destinação correta de seus esgotos, o que garantirá mais saúde e bem-estar para todos”, observou a gestora.

Plano de ação

As ações propostas pelo Reviva Pampulha propõem atuações conjuntas entre a concessionária e as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem para ampliação e melhoria do Sistema de Esgotamento Sanitário na bacia. Entre as atividades desenvolvidas pela companhia estão a mobilização social, a conscientização e educação ambiental, obras de melhorias operacionais, monitoramento de qualidade das águas dos córregos e garantia da continuidade da prestação de serviço de esgotos.

Também integram o plano, vistorias do Programa de Recebimento de Efluentes não Domésticos (Precend), inspeção e correção de lançamentos de águas pluviais nas redes coletoras e o tratamento das águas dos córregos Ressaca e Sarandi por meio da ETAF Pampulha (Estação de Tratamento de Águas Fluviais). Da mesma forma, nos locais onde ainda não foi possível a construção das redes coletoras, a Copasa instalou tomadas de tempo seco (TTS), que são dispositivos responsáveis por coletar as águas dos córregos, em dias sem chuva, e direcioná-las para tratamento na ETE Onça.

De acordo com dados do relatório trimestral mais recente, 44% das quase 10 mil ligações planejadas no Plano de Ação já foram concluídas. Em termos de investimentos, a Copasa já empenhou mais de R$ 59 milhões no âmbito do plano de ação, o que corresponde a mais de 40% da meta de R$ 146 milhões prevista para o Programa Reviva Pampulha.