A praça da Assembleia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi palco do evento BH Mais Feliz neste domingo (6 de abril). Nesta edição, a conscientização sobre o autismo foi o tema central, em razão do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril.

O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), esteve presente e destacou a importância de disseminar o conhecimento sobre o autismo.

"Uma das coisas que a gente tem que trabalhar muito e que a prefeitura tem essa responsabilidade é justamente levar o conhecimento. O desconhecimento causa a insatisfação. A responsabilidade da prefeitura é apoiar esse tipo de evento, e não se apropriar dele", afirmou.

Damião destacou que, em sua gestão, um dos compromissos é aumentar o número de alunos autistas cadastrados, para que eles possam receber atendimento especializado.

"São mais de 5 mil crianças hoje cadastradas na rede pública. Queremos aumentar esse número para que possamos receber todos com responsabilidade. A gente tem que ter um espaço e um olhar diferenciados para a causa autista. Temos que tratar da forma como deve ser tratado, de forma diferenciada. E isso a Prefeitura já vinha fazendo nos últimos anos. Vamos aumentar a força do nosso trabalho, da Prefeitura junto a essas crianças, junto às escolas municipais. E não será diferente nos postos de saúde. Um atendimento diferenciado, porque sabemos que eles precisam e merecem", complementou.

Prefeito Álvaro Damião esteve no evento na praça da Assembleia (Divulgação / PBH)

A adolescente autista Maria Eduarda, de 15 anos, participou do evento. "Vim com minha mãe e estou aproveitando e me divertindo. Gosto de fazer desenhos e criar personagens", disse.

Maria Eduarda foi ao BH Mais Feliz acompanhada da mãe (Vitor Fórneas / O TEMPO)

A nutricionista Karla Graziella, de 42 anos, afirmou que é "maravilhoso" ver o filho Gustavo, que é autista, se divertindo em um espaço público.

"É a oportunidade de interação dele com outras crianças. Ele se sente incluído e aceito nesse ambiente. Estar aqui é ver o reconhecimento dos direitos dos nossos filhos."

Karla com o filho Gustavo (Vitor Fórneas / O TEMPO)

O combate ao preconceito segue sendo o principal desafio diário, conforme conta a assistente social e presidente da Associação Unida pelo Autismo, Tatiana Gomes, de 42 anos.

"O desafio é diário e o preconceito é o maior deles. A aceitação é muito difícil. O autismo não tem característica física, então a identificação é pelo comportamento. Eventos dessa natureza agregam outros públicos e proporcionam o respeito e a inclusão."