A mineira Juliana Alves, de 27 anos, tinha se casado há pouco tempo e estava no interior de São Paulo, no último domingo (15 de junho), para comemorar o Dia dos Namorados ao lado do marido, Leandro de Aquino. A celebração da data, entretanto, terminou com a morte da jovem, depois da queda de um balão onde um grupo de Pouso Alegre, no Sul de Minas, fazia um passeio.
Formada em psicologia pela Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), ela atuava há pouco mais de um ano em uma empresa de Recursos Humanos da cidade mineira, que tem cerca de 150 mil habitantes. Em seu Linkedin, Juliana dizia atuar com recrutamento e seleção.
Após a confirmação da morte da jovem no acidente, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que ela poderia estar grávida e, por isso, novos exames foram solicitados para verificar a possível gestação. O corpo de Juliana será enterrado nesta segunda-feira (16).
O balão caiu na área rural de Capela do Alto, a 130 km de São Paulo, após decolar em Iperó, no interior paulista, na manhã de domingo. A psicóloga foi socorrida em estado grave, mas não resistiu. Outras dez pessoas foram atendidas com ferimentos leves. Um vídeo mostra o momento da queda.
Vídeo mostra o momento em que balão perde altitude após decolar em Iperó, no interior paulista. A mineira Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, morreu na tragédia. Veja: pic.twitter.com/ovPn4QNpT4
— O Tempo (@otempo) June 16, 2025
Ventos fortes
Segundo a PM de São Paulo, 33 passageiros estavam no balão, além do piloto e de um ajudante. A cidade vizinha de Iperó, Boituva, sediou a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo, mas os voos da manhã de domingo foram cancelados, já que os ventos chegaram a 70 km/h, sendo que o máximo recomendado é de 10 km/h.
À Folha de São Paulo, o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Johnny Silva, afirmou que os documentos do piloto estavam vencidos. "Era um balão clandestino", disse. Silva também afirmou que o piloto tinha permissão para realizar apenas voos individuais e que a capacidade máxima do balão era de 24 pessoas.
Em depoimento, o piloto, que acabou preso após o acidente, disse que houve uma mudança brusca de condições climáticas, o que levou à perda de controle do balão. Ele não apresentou os documentos de habilitação para os voos.