Cartazes, laços e bilhetes com mensagens de carinho foram colocados na grade do portão de entrada do Colégio Santa Marcelina, no bairro São Luiz, região da Pampulha, em Belo Horizonte. O gesto foi em homenagem à professora Soraya Tatiane Bomfim, encontrada morta no último domingo (20/7). As manifestações começaram na segunda-feira (21/7) e continuaram nesta terça-feira (22/7), data em que a profissional foi sepultada.

Valéria Fullyn, de 50 anos, professora universitária e mãe de dois alunos da escola, esteve no local com a filha para deixar mensagens de despedida. Emocionada, contou sobre a convivência com Soraya: “Ela foi professora do meu filho no 7º e no 9º ano, e atualmente dava aula para minha filha. Sempre muito querida".

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Entre os inúmeros recados deixados nas grades da escola, Manuela Gama, 13 anos, também prestava sua homenagem. Ex-aluna da professora, falou com carinho sobre a importância que Soraya tinha em sua formação. “Ela era professora de História, né? Muito alegre, muito legal. Ela trazia sempre essa importância de estudar os povos esquecidos, de combater o preconceito. Era uma professora que dava esperança, sabe? De mudar mesmo o jeito que a gente vê o mundo”, contou, emocionada.

Manuela disse que o retorno às aulas será doloroso. “Vai ser bem diferente. Ainda não consigo imaginar direito, mas com certeza vai ser triste para todo mundo. A gente tem falado muito sobre isso, todo mundo muito abalado. Ninguém acredita que isso aconteceu. Ela não merecia”, disse a aluna.

A morte da professora é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Ela havia desaparecido na última sexta-feira (18/7). O corpo dela foi encontrado na manhã de domingo (20/7), em um viaduto da cidade de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.