Após a queda de um segundo avião em ruas do bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (21), em menos de seis meses, gerou pânico entre os moradores do bairro. Minutos após o acidente, que deixou três mortos e três feridos, residentes na região criaram um grupo no WhatsApp com o nome "Aeroporto Não". A iniciativa é, segundo eles, uma forma de cobrar providências ao poder público e pedir o fechamento do Aeroporto Carlos Prates, de onde partiram os dois aviões que caíram neste ano.
Veja fotos e vídeos do avião que caiu no Caiçara em BH e deixou três mortos
"Passou da hora de nós, moradores da região, nos mobilizarmos em conjunto com as autoridades competentes e exigirmos o fechamento imediato deste aeroporto. Não podemos esperar uma tragédia maior ainda acontecer", publicou uma moradora.
Relatos
Residentes na região contaram ter ouvido assobios nos instantes que antecederam a queda da aeronave, há ainda relatos de pessoas que escutaram sons de explosão. O morador José Antônio Assunção, que vive no Caiçara, conversou com a reportagem de O TEMPO e disse que seguia em seu carro quando percebeu o avião caindo em direção ao chão. Ele precisou sair do veículo às pressas e não sabe se o carro está entre os atingidos.
"Eu estava entrando na rua quando o avião caiu. Ele arrastou vários carros, colocou fogo em todos. Tive que largar meu carro na rua e sair correndo. Não sei se ele foi atingido, estou aqui tentando olhar, mas o quarteirão está fechado", contou.
Abalada, a moradora Adriana Caboclo disse ter visto o momento em que a aeronave caiu e passageiros, segundo ela em chamas, tentaram escapar dos destroços. "Eu estava deitada quando escutei o barulho, quando eu cheguei o avião estava caindo em cima dos carros. Saíram quatro pessoas queimando de dentro do avião. Um saiu tirando a roupa e abafando o corpo e outro já queimando muito e as pessoas ajudando ele. Joguei um pano para ajudar", lamentou.
(Com Natália Oliveira)