Bairros e aglomerados de Belo Horizonte conhecidos pela situação de vulnerabilidade social registraram índices mais intensos de crianças, de 0 a 11 anos, internadas após diagnóstico positivo para a Covid-19. A informação consta na última versão do boletim sobre a doença publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
O informe diz que os locais de maior densidade de internações de crianças são os bairros Ribeiro de Abreu, na região Nordeste, Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste, Alto Vera Cruz, na região Leste, Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul, Morro das Pedras e Cabana Pai Tomás, ambos na região Oeste e Distrito Industrial do Jatobá, no Barreiro. Conforme os pesquisadores, o número de pequenos internados registrou crescimento no final de 2021, momento de avanço da variante ômicron.
Para chegar aos resultados, os professores analisaram os dados de hospitalizações do público infantil desde março de 2020. Para os especialistas, as regiões demandam um cuidado específico na proteção das crianças. “Esses são indicativos que reforçam a necessidade de uma atenção especial para essas áreas, especialmente na campanha de vacinação infantil”, diz trecho do boletim InfoCovid.
Atualmente, em Belo Horizonte, 68,6% das crianças, de 5 a 11 anos, já foram vacinadas com a primeira dose contra a Covid-19. A cobertura para a segunda aplicação é de 13,3%, aponta o boletim epidemiológico da prefeitura.