Equipes da Prefeitura de Belo Horizonte realizam diversos trabalhos na manhã desta quarta-feira (24 de janeiro), na tentativa de consertar os estragos ocasionados pelo temporal da noite anterior (23). De acordo com a Defesa Civil do município, durante o temporal, foram sete ocorrências de alagamentos, seis tombamento de muros, além de registros de deslizamento de encostas (1), erosão por causa humana (1), trincas ou infiltrações (4), entre outros. Ninguém ficou ferido.
"Os modelos matemáticos não previam esse grande volume, e isso é em qualquer lugar do mundo. Todos os fenômenos mudam rapidamente. A gente trabalha de forma preventiva, sempre monitorando as ações e agindo o mais rápido possível para evitar os desastres", disse o Coronel Valdir Vieira, da Defesa Civil.
Oito das nove regionais tiveram chuvas intensas e inúmeros pontos da cidade com ocorrências de alagamentos e inundações. Na avenida Prudente de Moraes, na região Centro-Sul da cidade, árvores caídas e acúmulo de lixo nas bocas de lobo, além de trechos sem energia elétrica, provocam lentidão no trânsito.
No cruzamento da avenida com a rua Guaicuí, onde galhos de uma árvore de grande porte caíram, o fornecimento de energia foi interrompido e o trânsito no sentido bairro Santa Lúcia fechado. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, está é uma das 11 árvores que caíram entre as 19h30 e 8h.
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, prometeu até o final do dia, limpar toda sujeira provocada pela chuva. Além da limpeza, a PBH também montou três pontos de comando nas regionais mais atingidas pelo temporal, Centro-Sul, Pampulha e Venda Nova. "Esses locais estão com postos de comando, que ao fazer o mapeamento das pessoas afetadas, as áreas impactadas, para que a PBH possa dar o retorno adequado à população", detalhou o coronel Valdir Vieira.
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Na Vila do Índio, em Venda Nova, onde segundo a PBH vivem cerca de 2 mil famílias, também há um monitoramento efetivo, pois no local pinguelas e pontes caíram com a força da água. A casa de uma idosa de 92 anos, que está acamada, foi invadida pela água. Os familiares tiveram que colocar travesseiros debaixo do colchão para impedir que a água barrenta atingisse a idosa. A família perdeu alimentos, fraldas geriátricas, móveis e eletrodomésticos.