Depois de 128 dias entre as zonas amarela e vermelha, classificadas como de alerta e alerta máximo, a ocupação das enfermarias em Belo Horizonte caiu para a fase de controle. O mais recente boletim da prefeitura indica que, nesta quinta-feira (1º), 49,1% dos leitos para atender pacientes infectados com a Covid-19 estão preenchidos.
Abaixo de 50% figura a zona verde, a mais baixa da pandemia. Desde 22 de fevereiro, o índice não era alcançado. Agora, a capital mineira tem dois dos três indicadores no nível considerado mais tranquilo. Isso porque a transmissão do vírus também está na zona verde.
A taxa atual é de 0,89, o que indica que a pandemia está desacelerando no município. O número representa que 100 infectados transmitem a doença para 89 pessoas. Único no patamar amarelo, a taxa de ocupação das UTIs está em 65,1%. Houve redução nas últimas 24 horas, já que a lotação anterior era de 69,5%.
Ao anunciar uma nova fase da flexibilização em BH, com a liberação de eventos para até 600 pessoas, o secretário de Saúde, Jackson Machado, celebrou os indicadores. “Estes números explicam porque estes índices, taxas de ocupação estão caindo desta forma tão importante e que nos alegra. Por causa desta queda, o Comitê decidiu pela liberação de eventos”, declarou.
A queda dos índices é reflexo da vacinação contra a Covid. BH tem, conforme a prefeitura, 1.094.693 pessoas com a primeira dose do imunizante, o que representa 53,7% do público-alvo da campanha - moradores acima dos 18 anos. Com a segunda dose e completamente imunizados são 423.096 pessoas, o que corresponde a 20,8%.
Mas, apesar dos índices favoráveis, o secretário não quis estipular uma data para o fim do uso da máscara na capital. Pelo contrário, o gestor ressaltou a importância de continuar seguindo todas as regras sanitárias, como o distanciamento social e a higienização das mãos. A variante delta, que surgiu na Índia e é mais contagiosa, é um dos motivos do estado de alerta.
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