Possibilidade de recusa

Inocentado após denúncia, auxiliar de professor não deverá voltar ao Magnum

Um dia antes da conclusão do inquérito, o colégio já havia convidado Hudson para retornar às atividades escolares

Por Lara Alves
Publicado em 13 de novembro de 2019 | 11:46
 
 
 
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Inocentado após investigações da Polícia Civil a respeito de denúncias de estupro contra crianças, Hudson Nunes de Freitas não deverá reassumir seu posto como auxiliar do professor de educação física no colégio Magnum, unidade Cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte.

Um dia antes da conclusão do inquérito pela Polícia Civil, a escola já havia convidado Hudson e, após o encerramento do caso, reforçou o convite para que ele retornasse às atividades escolares. No entanto, em entrevista à reportagem de O TEMPO nesta quarta-feira (13), Fabiano Lopes, advogado do jovem, afirmou que a proposta não deverá ser aceita. 

"Ele provavelmente não voltará. Está com medo que aconteça qualquer coisa com ele de novo. Os pais que imputaram isso a ele continuam lá. As crianças também continuam lá. Então é muito arriscado. Mas nós estamos avaliando ainda", explica Fabiano Lopes. 

Denúncia arquivada

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) arquivou a denúncia de estupro contra o auxiliar de educação física. Funcionário do colégio Magnum, Hudson sofreu uma avalanche de acusações de estupro contra alunos da instituição, todas elas oferecidas à polícia pelos pais da criança. Ele sempre negou ter cometido qualquer crime. 

"Ontem (terça-feira), nós fomos ao Ministério Público e descobrimos que eles arquivaram o processo e não oferecerão denúncia", comemora o advogado Fabiano Lopes.

Investigação da Polícia Civil

A investigação pôde ser concluída alguns dias após o surgimento da primeira acusação. Após escutas especializadas com as crianças que teriam sido vítimas, seus pais, funcionários, professores e outras testemunhas, além de analisar cerca de 30 horas em imagens de segurança, a Polícia Civil de Minas Gerais decidiu não indiciar o auxiliar de educação física por abuso sexual.

De acordo com os delegados à frente do caso, nenhuma das crianças sofreu qualquer tipo de abuso, nem pelo suspeito, nem por funcionários da escola ou por qualquer outra pessoa fora dela. Ao todo, sete boletins de ocorrência haviam sido registrados pelos representantes legais de alunos do maternal III e do módulo infantil da unidade Cidade Nova do colégio Magnum. 

Danos morais

Arquivada a denúncia de estupro contra Hudson pelo MPMG, agora o estudante de educação física avalia a possibilidade de abrir processos por danos morais contra pais de alunos e outras pessoas que o acusaram no decorrer da investigação.

"Nós já tínhamos feito um levantamento daqueles que o denunciaram de forma leviana, mas precisávamos esperar o MP. Não adiantava nada processar alguém sem que o MP tivesse arquivado a denúncia. Agora isso findou. Um advogado cível ficará responsável por esse processo por danos morais, ainda não podemos relatar quem serão os envolvidos", explica Fabiano. 

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