Um dos três hospitais temporários de Belo Horizonte exclusivos para atender pacientes com sintomas de dengue, chikungunya e/ou zika deverá funcionar no Centro de Especialidades Médicas, que pertence ao Ipsemg. No local, também funciona a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, o médico Fábio Baccheretti. Uma visita com representantes das secretarias municipal e estadual de saúde foi realizada no espaço durante a tarde dessa segunda-feira (19 de fevereiro).
"Os casos em Belo Horizonte devem aumentar muito nas próximas semanas. Então, não podemos contar com estruturas que demoram a ficar prontas. Foi então que liguei para o presidente do IPSEMG e falei sobre o nosso interesse de fazer um espaço para acompanhamento 24h de pacientes atendidos na Upa Centro-Sul", informou o secretário.
Os outros dois hospitais temporários serão instalados nas regionais do Barreiro e Venda Nova. Os locais ainda estão em definição, mas a expectativa é de que, na regional Venda Nova, ele possa funcionar em uma instituição de ensino.
"Estes dois outros espaços serão definidos pelo município. O Estado fará a gestão de equipamentos, como poltronas, suportes de soro, tudo para que a gente consiga abrir isso de imediato", acrescentou. Segundo Baccheretti, os atendimentos serão viabilizados pela Prefeitura de Belo Horizonte. "Essa é uma parceria entre a secretaria do estado e do município para garantir atendimento nesse momento tão delicado", avaliou.
Conforme já informado por O TEMPO, o número de atendimentos saltou 25% na rede municipal de saúde em apenas duas semanas de fevereiro, quando comparado a janeiro. No mês anterior foram 28 mil atendimentos nas nove Upas e nos 152 centros de saúde, número inferior aos 35 mil registrados neste mês, até o último dia 16.
A capital possui 4.786 casos de dengue confirmados, e cinco mortes pela doença. Também foram registrados 311 casos de chikungunya, sem óbitos. No último sábado (17), Belo Horizonte decretou situação de emergência devido ao aumento dos casos.
"Teremos mais duas ou três semanas com muitos casos. É uma doença que sobe muito rapidamente, estressa os pronto-atendimentos e depois começa a cair. Por isso, nosso planejamento é para que tudo esteja disponível em até duas semanas", apontou o secretário.
A reportagem de O TEMPO questionou a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte sobre os locais dos hospitais temporários. A matéria será atualizada com o posicionamento.