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Semana em MG tem segurança de escolas em pauta e caos no Ipsemg; veja destaques

Apresentamos as principais notícias sobre o Estado na semana primeira semana de abril

Por O TEMPO
Publicado em 06 de abril de 2024 | 05:00
 
 
 
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Na primeira semana de abril, a segurança das instalações escolares e da sede oficial do poder Executivo de Minas Gerais estiveram em pauta. No hospital do Ipsemg, servidores denunciam caos no atendimento. Além disso, após o fim de semana prolongado da Semana Santa, as autoridades apresentaram um balanço, que aponta para aumento do número de motoristas flagrados alcoolizados. 

Confira, a seguir, as principais notícias que foram destaque em Minas Gerais na semana entre domingo (31 de março) e sábado (6 de abril).

Seis em cada dez escolas sem AVCB

A maioria das creches parceiras da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e das escolas municipais não têm proteção contra incêndio e pânico atestada pelo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), previsto na legislação para funcionamento de imóveis. Dos 565 prédios de educação infantil, 342 estão desprotegidos – isto é, 60%. A informação foi confirmada pelo Executivo nesta quinta-feira (4 de abril). A Secretaria Municipal de Educação informou que criou uma força tarefa para agilizar a regularização dos prédios.

O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) avalia condições de segurança de um imóvel diante de um possível incêndio ou situações de pânico. São avaliados itens como extintores, sinalização para a saída de emergência, iluminação com indicação do caminho, além da própria saída para incidentes. Em alguns imóveis, os bombeiros podem solicitar hidrantes, alarmes de incêndio e chuveiros automáticos. Essa determinação varia de acordo com o risco do local.

Elevadores na Cidade Administrativa 

Na Cidade Administrativa, sede do poder Executivo de Minas Gerais, 22 elevadores sociais do prédio Minas estão interditados desde 21 de novembro do ano passado. Nesta semana, um relatório sobre os problemas veio a público: riscos em função do “colapso dos pilares metálicos decorrentes de vícios construtivos”. Problemas também identificados nos elevadores do edifício Gerais, que continuam em pleno funcionamento. A conclusão do estudo e o conselho de realização de obras corretivas estão em documento técnico de engenharia sigiloso.

A empresa responsável pelo trabalho foi contratada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e O TEMPO teve acesso ao texto. O Governo de Minas informa que trabalha para resolver o problema o mais rápido possível e que está finalizando as tratativas para contratar a empresa responsável pelo reparo. 

Por hora, 5 autuações são aplicadas a empresas de ônibus de BH

Irregularidades seguem sendo constatadas nos ônibus do transporte público de Belo Horizonte. Uma média de cinco autuações foram aplicadas por hora, após as equipes constatarem inadequações nos veículos. O balanço é da operação Tolerância Zero, que completou dois meses, e tem o objetivo de melhorar o serviço por ônibus, além de punir as irregularidades cometidas pelas empresas. Nesta quarta-feira (3 de abril), dois ônibus do Move foram retirados de circulação, pois apresentavam freio de porta inoperante e uma das portas não fechava.

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), 1.037 ações de fiscalização aconteceram desde 25 de janeiro. Nela, 6.446 ônibus foram vistoriados, sendo que alguns deles mais de uma vez. O resultado das operações foi:

  • 7.271 autuações, 
  • 257 autorizações de tráfego (AT) recolhidas e 
  • 13 veículos recolhidos ao pátio do Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG)

Caos no atendimento do Ipsemg 

Pacientes amontoados em um corredor de aproximadamente 30 metros de comprimento. Enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem e outros profissionais se “apertam” entre as estreitas passagens para ter acesso aos enfermos. Diagnosticados com dengue, pneumonia, princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC), Covid, entre outros, os doentes e acompanhantes passam o dia e a noite sob o risco de contrair infecções. A situação caótica ocorre bem no centro de Belo Horizonte, no Hospital Governador Israel Pinheiro (Ipsemg), em meio à pior epidemia de dengue já vivida pelo Estado. O instituto atende servidores, aposentados do governo de Minas e suas famílias. Enquanto a precariedade toma conta da internação, há cerca de 80 leitos vagos nos andares de cima, segundo informado por profissionais que atuam na unidade. Clique aqui para ver a resposta do governo de Minas. 

Cinco anos longe de casa

O toque da sirene advertindo os moradores da comunidade de Socorro, em Barão de Cocais, na região Central do Estado, para deixar suas casas ainda ressoa na mente da auxiliar de escritório Ana Rita de Souza Rodrigues, de 39 anos. Cinco anos já se passaram desde aquele 9 de fevereiro de 2019. No entanto, o que não muda é o desejo de voltar para o local onde ela morava. A população teve que deixar os imóveis às pressas, levando somente “a roupa do corpo”, devido ao risco de rompimento da barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, da Vale. Cerca de 500 pessoas das comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo foram afetadas pelo risco de a estrutura colapsar.

Leia:

Embriaguez ao volante 

O feriado prolongado da Semana Santa de 2024 teve aumento de 161,82% no número de flagrantes de embriaguez ao volante nas rodovias federais que cortam o Estado. O dado, conforme apontam autoridades e especialistas, configura desrespeito às leis de trânsito e deve seguir de alerta. Com relação aos números de mortes e os acidentes, houve um decréscimo nos índices, segundo a Polícia Rodoviária Federal — na comparação do feriado deste ano com o do ano passado. Entre quinta-feira (28 de março) e domingo (31), foram 119 acidentes — com quatro mortes e 119 feridos. Em 2023, foram 113 acidentes, com 163 feridos e 10 óbitos.

Nos quatro dias, 144 motoristas foram flagrados dirigindo embriagados, frente a 55 no ano anterior. Doze foram presos. Dirigir sob efeito de álcool está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tanto como infração (artigo 165) quanto crime (artigo 306). A diferença está na quantidade de álcool no organismo do motorista. Se for superior a 0,3 mg/L, é crime de trânsito e resulta em prisão. As duas são como infração gravíssima (7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e penalizadas com suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

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