Não há previsão para que o assistente de educação física suspeito de abusar de crianças no colégio Magnum seja ouvido pela Polícia Civil. De acordo com o advogado de defesa do suspeito, Fabiano Lopes, a orientação da delegada responsável pelo caso é de que o homem seja ouvido após todos as famílias serem ouvidas.
“O que é compatível com o inquérito. As autoridades vão escutar tudo o que tem a respeito, que dizem sobre ele, para questioná-lo sobre as acusações”, disse Lopes.
Novos boletins de ocorrência foram registrados na olícia e até o momento, pelo menos três crianças teriam sofrido abuso sexual dentro do colégio, de acordo com o relato delas aos pais. O advogado Fabiano Lopes explicou que até o momento não teve acesso às novas denúncias, mas reafirmou que o cliente é inocente e a defesa já trabalha a estratégia para provar.
“A gente já tem algumas ideias de defesa, a escola é monitorada, essas aulas de 40 minutos é regida por um professor, ele é apenas um estagiário, segue ordens. Ele não tem autonomia para fazer nada, apenas segue o que o professor pede. Quanto às outras acusações não tive acesso e quando tiver não poderei relatar, pelo inquérito estar em sigilo”, disse.
A defesa também espera conseguir provas, ouvindo mães de alunos do colégio, que inocentem o colaborador. “Tem muitas mães na escola Magnum que estão a favor dele. Elas o conhecem e já tiveram filhos sob o cuidado dele. Mães que conhecem ele há muito tempo, há quatro ou cinco anos, vão ao meu escritório e vou tomar a termo essas declarações e juntar aos autos para constituir provas a favor dele”, explicou o advogado Fabiano Lopes.
Saiba o que diz o Magnum sobre o caso:
É falsa a informação de que mais de um colaborador da escola foi afastado. A direção não recebeu nenhum comunicado das autoridades sobre outros colaboradores citados na investigação.
Na última semana, a medida do afastamento se fez necessária para preservar a integridade de todos os envolvidos e a transparência da apuração do caso.
A todo momento, desde que teve conhecimento do caso, a escola tem tomado todas as providências necessárias para auxiliar na apuração. Continuaremos com a nossa conduta responsável, sem expor nomes, dando assistência jurídica e psicológica para todos os envolvidos. Neste momento, o inquérito tramita sob sigilo, e a escola respeita essa orientação.
Reafirmamos que o afastamento do colaborador, na última semana, visou preservar a integridade de todos os envolvidos e a transparência da apuração do caso. Em relação às suposições ocorridas hoje, a escola atesta que não recebeu nenhum comunicado dos órgãos oficiais e que os boatos sobre as instalações internas não procedem.
É importante ressaltar que as autoridades envolvidas estão muito dedicadas no esclarecimento do caso e isso nos traz esperança de que, logo, a verdade virá à tona. A escola lamenta a ocorrência de falta de conduta ética por algumas pessoas nas redes sociais e em outros meios. Afinal, vidas estão sendo expostas sem que a investigação tenha sido concluída.