Barraquinhas de comida e bebida, artesanato, quitutes mineiros e guloseimas. O cardápio da feira no Mercado do Santa Tereza, reaberto neste fim de semana, está um prato cheio para quem gosta de comer ao ar livre, ouvindo música ao vivo.
O foco, nesta retomada, são os sabores e cores de Minas Gerais. No próximo fim de semana, por exemplo, dias 13 e 14, o local recebe o Festival de Pastéis do bairro.
"O Mercado faz parte do circuito dos mercados de origem. Hoje estamos retomando com esse evento de Mineridade, que é tudo que o mineiro tem gastronomia, cachaça, doce, entretenimento; tudo que Minas Gerais tem pra oferecer", explica o presidente da Fundação Doimo, Elias Tergilene.
Uma das principais atrações é uma fazendinha com mini-animais, que funciona dentro do espaço do Mercado. A entrada é gratuita e as crianças (e adultos!) podem interagir de perto com os coelhos, vacas, cavalos, burros, ovelhas e cabritos em tamanho miniatura.
Sara Fernandes, 9, passou boa parte da manhã e da tarde brincando com os animais. "É muito legal aqui, dá pra fazer carinho, alimentar os bichinhos. O meu preferido foi o Horácio, o burrinho. Eu nunca tinha visto esses bichos de fazenda de perto assim", conta.
"Dá vontade de apertar as ovelhas, eu fiquei aqui o dia inteiro. Eu e a Sara já demos nome pra todo mundo, queria levar todos pra casa", conta Elis de Moura, 9.
O Mercado do bairro mais boêmio da capital, construído nos anos 1970, estava fechado desde 2007. Neste ano, porém, a prefeitura realizou um chamamento público para a concessão dos mercados municipais, incluindo o de Santa Tereza. Agora, o espaço vai ser gerido pelo consórcio formado pelo Grupo Uai, Fundação Doimo, Conata e Infracon, e vai se chamar Mercado de Origem de Santa Tereza.
A ideia é que o espaço seja totalmente reformado, incluindo uma área de restaurantes num mezanino e uma parte seja voltada para o comércio de produtos da agricultura urbana e familiar.
"Os mercados, assim como os restaurantes populares e os sacolões ABC, fazem parte da política de segurança alimentar da cidade, por motivos diferentes. Primeiro, porque servem como uma estratégia de abastecimento - ou seja, locais onde a população pode comprar alimentos -, mas também é um espaço importante de valorização da nossa cultura alimentar enquanto Minas Gerais, da nossa gastronomia, e também acaba sendo um espaço de transferência de renda, por causa do trabalho", explica a Secretária Municipal de Segurança Alimentar de BH, Maíra Colares.
Enquanto a revitalização não é realizada, as feiras vão continuar aos sábados e domingos, com comida, bebida, atrações musicais e a fazendinha, das 10h às 20h. A entrada é gratuita e o espaço é pet friendly.