Um terço da corrente de comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos no ano de 2024 foi realizada entre empresas do mesmo grupo econômico, indica levantamento divulgado nesta sexta-feira (25) pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil). O volume chegou a US$ 31 bilhões em transações bilaterais dessa natureza no ano passado, sendo US$ 15,9 bilhões de importações brasileiras vindas dos Estados Unidos e US$ 15,1 bilhões de exportações brasileiras ao país.
“O dado evidencia o importante grau de integração produtiva entre os dois países, especialmente em setores estratégicos como tecnologia, energia, saúde e indústria de transformação”, afirma a Amcham. Em nota conjunta com a U.S. Chamber of Commerce, a câmara reforçou a importância de manter um ambiente regulatório e comercial estável entre os dois países.
Assim como nas trocas em geral, os Estados Unidos possuem superávit no comércio intercompanhia (que são as trocas entre empresas do mesmo grupo econômico, ou seja, entre filiais, subsidiárias de uma mesma empresa multinacional, localizadas nos dois países). Entre 2023 e 2024, o superávit dos Estados Unidos dessas trocas com o Brasil cresceu 131,2%, reflexo da intensificação do envio de produtos entre filiais e matrizes norte-americanas instaladas no Brasil.
De acordo com o levantamento, a participação das exportações intercompanhia dos EUA para o Brasil cresceu de 35,5% em 2021 para 38,9% em 2024. Já as importações intercompanhia dos EUA vindas do Brasil também aumentaram: de 34,7% para 35,3% no mesmo período, passando de US$ 11,0 bilhões para US$ 15,1 bilhões. Entre os principais setores responsáveis por essa troca estão: equipamentos de transporte, químico e petroquímico, máquinas e equipamentos elétricos.