A fabricante brasileira de aviões Embraer registrou perdas líquidas de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025, apesar da receita recorde de vendas neste período, reportou a empresa em seu balanço financeiro divulgado nesta terça-feira (5).

Terceira maior companhia do mundo em seu setor, a empresa informou que "os resultados do segundo trimestre não foram significativamente impactados pelas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos" até o momento.

A Embraer ficou fora das taxas punitivas anunciadas pelo governo do presidente Donald Trump aos produtos brasileiros, que entrarão em vigor nesta quarta-feira (6). O prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre reverteu o lucro de R$ 415,7 milhões no mesmo período em 2024.

A empresa reportou uma receita de R$ 10,3 bilhões, a "maior receita do segundo trimestre da sua história". Também manteve suas expectativas de vendas para 2025: entre 77 e 85 aeronaves comerciais e de 145 a 155 aviões executivos.

Embora a Embraer não tenha sido “significativamente” impactada pelas tarifas, as taxas americanas “continuam sendo uma grande preocupação”, afirmou seu CEO, Francisco Gomes Neto, em uma apresentação virtual dos resultados. Mas o dirigente levou um “passo importante” a autorizado da empresa das novas tarifas anunciadas por Trump. “Estamos confiantes a respeito de novos avanços nas negociações” comerciais entre ambos os países, afirmou Gomes Neto.

Embora esteja isenta das tarifas divulgadas na semana passada, a empresa foi afetada pelas taxas de 10% aplicadas em abril pelo governo Trump. A Embraer vende 45% de suas aeronaves comerciais e 70% das executivas para os Estados Unidos.