A inflação de Belo Horizonte caiu 0,24% em agosto, sob impacto direto da queda no preço dos alimentos. Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), da UFMG, mostrou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da capital teve queda após cinco meses de alta.
A última vez que a metrópole havia registrado um resultado negativo foi em fevereiro, quando a inflação recuou 0,05%. O grupo de alimentação foi o principal responsável pela retração nos preços de BH, com recuo de 0,29%. O subgrupo de alimentação na residência diminuiu 0,89%, segundo o Ipead.
Dentre os produtos que ficaram mais baratos estão o tomate, cujo valor caiu quase 11%, batata inglesa e feijão carioquinha. “Houve um movimento no retorno de preços de alguns produtos como o café, o tomate, que tiveram preços muito elevados nos últimos meses e agora estão convergindo para uma média histórica ou tendo um crescimento menos acentuado”, explica o economista do Ipead, Paulo Casaca.
Ele descartou a possibilidade de impactos do tarifaço de Donald Trump na inflação da capital. “As taxas começaram a ser impostas, portanto falar que o impacto no preço seja direcionado a isso neste momento”, complementou Casaca. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontou que a prévia da inflação de agosto também indica uma queda, de 0,14%.
Desde o início do ano, a inflação acumulada em BH, de acordo com o Ipead, é de 4,01%. Nos últimos 12 meses, o percentual sobe a 6,12%.