Levantamento

Pesquisa revela que preço pago em materiais recicláveis pode variar 400% na RMBH

Estudo conduzido pelo site Mercado Mineiro aponta que houve uma valorização dos recicláveis, mas isso teria sido provocado pela escassez dos materiais nas ruas durante a pandemia

Por Bruno Menezes
Publicado em 31 de maio de 2021 | 17:30
 
 
 
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Uma pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro apontou que o valor pago no quilo de materiais recicláveis para os catadores pode variar até 400% em Belo Horizonte e na região metropolitana. O levantamento foi realizado entre os dias 25 e 28 de maio. Na comparação dos valores pagos pelos estabelecimentos de reciclagem no mesmo mês de 2020, o levantamento mostra que houve uma valorização do preço dos materiais, mas por outro lado, por conta da pandemia de coronavírus, ficou mais difícil para os catadores encontrá-los nas ruas para realizar a venda.

O estudo levou em conta as garrafas pet, as latinhas de alumínio, papel, papelão e cobre. O quilo de jornais apresenta a maior diferença e pode ser vendido tanto a R$ 0,20, quanto a R$ 1,00, o que representa uma variação de 400%. 

O quilo da garrafa Pet vazia pode custar de R$1,30 até R$2,60, uma variação de 100%. O quilo da latinha vazia pode custar de R$5.20 até R$7.00, uma variação de 35%. O anel ou lacre de alumínio pode ser vendido por R$3,50 até R$7.00, com uma variação de 100%. O quilo do cobre mel pode ser vendido de R$25,00 até R$38,00, com uma variação de 52%. O quilo do cobre misto pode ser vendido por R$23,00 até R$35,00 com uma variação de 52%.

“Temos hoje um momento muito atípico, porque os preços valorizaram muito, o que melhorou para os catadores, mas por outro lado eles não tem encontrado muita sucata, alumínio principalmente. Embora o mercado tenha valorizado bem mais”, o proprietário do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. 

Preço médio em 2020 e 2021

A escassez de materiais no mercado fez com que o preço médio pago nos produtos recicláveis em maio de 2020 fosse elevado na comparação com o mesmo mês neste ano. 

Segundo estudo, na comparação dos dois períodos, o preço do quilo da latinha de alumínio subiu 116% pelo preço médio, onde ano passado valia em média R$2.99 e hoje vale R$6.48. O quilo do anel ou lacre de alumínio subiu 116% que custava R$2.71 para R$5.86. O quilo da garrafa pet vazia que custava em média R$0.75 subiu para R$1.69, um aumento de 124%. 
O quilo do Papelão subiu de R$0.24 para R$0,67, um aumento 178%. Já os papeis subiram, como aconteceu com o quilo papel Jornal que custava R$0,46 para R$0,56, um aumento de 21%. O quilo do papel de Revista subiu de R$0,11 para R$0,28, um aumento de 153%.

“A gente sempre faz um cálculo para ver quanto o catador precisa para tirar um salário mínimo por mês. Na média, (o quilo da) latinha de alumínio tem 75 latas, nós temos o preço médio a R$ 6,48, então ele precisa catar 170 quilos, o que equivale a 12.750 latas por mês. A garrafa pet precisa-se de catar 651 quilos, ao preço médio de R$ 1,69 para se ter R$ 1.100”, explicou Feliciano Abreu. 

 

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