O salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 6.754,33, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, mensalmente produzida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).

Levantamento, divulgado nesta sexta-feira (6), leva em consideração a cesta mais cara do país – de São Paulo, com preço médio de R$ 803,99 – be “a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”. 

“Em abril de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em março, o valor necessário era de R$ 6.394,76, ou 5,28 vezes o piso mínimo. Em abril de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.330,69, ou 4,85 vezes o mínimo vigente na época, de R$ 1.100,00”, explica a entidade em nota à imprensa. 

Altas em todas as capitais

A cesta básica sofreu alta em todas as 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa. Belo Horizonte tem a nona cesta mais cara da lista e sofreu, entre março e abril, alta de 3,58%. O valor médio é R$ 693,41. 

De acordo com o levantamento, só neste ano, entre janeiro e abril, houve encarecimento acumulado de 14,58% no preço dos alimentos essenciais na cidade. Em 12 meses, o acumulado é de 22,56% na capital mineira.  

Com base no salário mínimo, é necessário trabalhar 125 horas e 52 minutos por mês para conseguir o dinheiro em Belo Horizonte, e o valor dos produtos toma 61,85% do salário mínimo líquido do trabalhador. 

A maior alta mensal ocorreu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com 6,42% de encarecimento. No acumulado dos últimos 12 meses, a capital gaúcha também sofreu o maior aumento, de 29,93%