Durante a infância ela “conviveu” com Platão, Aristóteles, Confúcio, Kant, entre outros. Os pais são professores de filosofia. Isabella Arruda Galvão, 30, assim como a mãe, Lúcia Helena Galvão, é professora de filosofia da Organização Nova Acrópole, onde leciona há oito anos. É formada em direito, mas atua na Kalíope, sua empresa de palestras e eventos corporativos. 

“Sem dúvida, ter pais professores de filosofia sempre foi uma grande inspiração para mim. O esforço deles me inspira até hoje a sempre dar o meu melhor naquilo que faço. Também acredito que a filosofia seja uma escolha interna: ainda que tenhamos várias influências positivas externas, cabe a cada um eleger internamente a filosofia como algo importante para si mesmo”, comenta Isabella. 

Ela está lançando “Histórias para Despertar”, uma coletânea de fábulas e contos de fadas criada para ilustrar, de forma criativa e divertida, a eterna busca do ser humano por sabedoria e realização. O livro foi elaborado dentro do projeto infantil de filosofia para crianças da Associação Cultural Nova Acrópole. 

“Este é o meu primeiro livro. Escrevi quando tinha 13 anos e finalizei aos 15. Provavelmente no próximo ano pretendo lançar outro livro, sobre minhas reflexões e crônicas do cotidiano”, diz a autora. 

Isabella conta que, durante um tempo, deu aulas de filosofia para crianças e adolescentes no programa Merlin, da Nova Acrópole. “A partir daí, surgiu minha inspiração, baseada na necessidade de transmitir a eles os ensinamentos contidos no curso, de uma forma simples e didática. Busquei passar um pouco dos conhecimentos filosóficos em uma linguagem suave e pedagógica”. 

Pergunto se foi difícil traduzir o saber de alguns filósofos para uma linguagem infantojuvenil. “Diria que o mais difícil foi eleger a mensagem-chave que seria traduzida em um conto. Temos dificuldade de chegar à essência das ideias. Quando conseguimos encontrar uma essência, a ideia da história surge de forma mais natural”. 

Isabella explica que a escolha dos filósofos que estão no livro se deu “seguindo o programa do curso de filosofia do primeiro nível da Nova Acrópole, que é bastante completo e abarca tanto a filosofia do Ocidente quanto a do Oriente”. E completa: Meu desejo é que meu livro possa, de alguma forma, ajudá-los a encontrar melhores respostas para os problemas da vida, uma vez que as todas as respostas de que precisamos estão guardadas dentro de nós”. 

A professora entende que a filosofia pode ajudar os jovens a se tornarem pessoas melhores. “Na Nova Acrópole, todas as atividades são voluntárias, pois quem está lá acredita profundamente na ideia de que podemos fazer deste mundo um lugar melhor quando construímos seres humanos melhores, mais lúcidos e com capacidade de pensar por conta própria. E a filosofia exerce um papel fundamental nisso”, diz. 

Lançamento

“Histórias para Despertar”, Isabel Arruda Galvão, editora Hanoi, 128 páginas, R$ 41,10. 

Catedral Cristo Rei apresenta a exposição “Presépios de Todo o Mundo” 

Com a proximidade do Natal, as famílias já se preparam para celebrar o nascimento de Cristo montando o seu presépio. A Catedral Cristo Rei – nossa Igreja-Mãe – apresenta a exposição “Presépios de Todo o Mundo”, trazendo cem representações da cena do nascimento de Cristo a partir de diversas regiões do Brasil e do mundo. 

Com curadoria do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, a exposição conduz o público por diversas cenas do nascimento de Jesus. As representações guardam características dos diversos países onde foram construídos: países asiáticos, como a China; europeus, como Espanha, Itália e Franca; da América do Sul, como Peru, Chile e Bolívia; além de regiões brasileiras. 

Confeccionadas por artesãos, as montagens utilizam materiais muito variados: barro, argila, madeira, tecido, resina, arames, biscuits, entre outros. “Temos presépios que cabem na palma da mão, até peças que ocupam uma sala inteira”, explica Rayane Rosário, museóloga no memorial arquidiocesano. 

As cenas em exposição compõem a coleção do padre jesuíta José Fernandes, da Companhia de Jesus, que ganhou o seu primeiro presépio, ainda jovem, de sua bisavó, um presente que lhe deu grande inspiração e o levou a seguir a tradição familiar, de muitas gerações: sua mãe também colecionava peças que representavam o nascimento de Jesus. (AED) 

AGENDA: A exposição “Presépios de Todo o Mundo” fica até dia 28 de janeiro na Catedral Cristo Rei. A visitação acontece aos sábados e domingos, sem necessidade de agendamento. Rua Campo Verde, 165, bairro Juliana. 

Lançamentos  

“Cuide dos Seus Achados, Esqueça os Seus Perdidos”, Aurê Aguiar, Citadel Grupo Editorial, 188 páginas, R$ 52,90 

A autora ensina a importância de deixar passar o que não mais pertence. Esqueça os seus perdidos, o leitor será capaz de entender que pode escolher o tamanho do dano que uma perda pode causar 

“A Mala do Opa”, Camila Capel, Leitura e Arte Editora, 50 páginas, R$ 80. 

O livro trabalha os conceitos de inteligência emocional em metáforas baseadas na parentalidade essencial, um modelo de educação parental idealizado pela autora para ajudar as crianças a entender que a morte é uma passagem. 

“O sentido dos sonhos: Livro Caixinha”, Deyseane Lima, Matrix Editora, R$ 46. 

A autora propõe cem perguntas que abrem as portas para a compreensão dos sonhos. Os questionamentos têm o objetivo de promover a saúde física e emocional a partir da conexão entre o “eu desperto” e o “eu adormecido”.