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Moradia

Jovens optam cada vez mais pelo aluguel, e evitam endividamento a longo prazo

Pandemia traz novos hábitos e faz crescer interesse por morar perto do trabalho ou da escola

Por Alex Bessas Publicado em 25 de novembro de 2020 | 06h01 - Atualizado em 26 de novembro de 2020 | 09h51
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Vivendo há 11 anos em Belo Horizonte, a produtora de conteúdo Franciele Aparecida, 25, reconhece que já flertou com o sonho da casa própria. Em boa parte, por pressão da família. “Comprar um imóvel é sinônimo de sucesso para a maioria dos meus parentes. Na verdade, é como se fosse a maior conquista da vida deles”, comenta. Por conta desse desejo – que classifica não como autêntico, mas como algo sugestionado –, chegou a fazer, no final de 2019, consultas online sobre oportunidades de financiamento imobiliário. Contudo, a expectativa de um endividamento de longo prazo, pelo menos pelos próximos 30 anos, fez com que refletisse sobre suas prioridades. Meses depois, o novo coronavírus obrigava a população a rever hábitos e rotinas. Logo, a sensação de incerteza em relação ao futuro se agravou, e, com isso, a pandemia sepultou – pelo menos por ora – o sonho da casa própria na comunicadora. 

“Eu não tenho mais certeza se comprar um imóvel seria um bom negócio”, pondera Franciele, fazendo eco a uma lógica comum à maioria dos jovens brasileiros. Para se ter uma ideia, 82% das pessoas entre 16 e 24 anos preferem morar de aluguel a ter que contrair um financiamento, que vai se estender por décadas, para a aquisição de uma casa. É o que revela um estudo do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), encomendado pelo Projeto Moradia no Mundo Pós-Pandemia, um think tank (laboratório de ideias) que reúne professores e intelectuais do Brasil e de faculdades internacionais para debater tendências na sociedade civil. Ainda que menos acentuado, esse “desapego” é observado também entre outros grupos etários, tanto que, considerando a população no geral, 63% já admitem morar de aluguel com contrato flexível em vez de comprar um imóvel. 

Um dos aspectos mais flagrantemente modificados pela pandemia em relação à moradia é referente à mobilidade. Em fevereiro, o Ipespe havia identificado que 55% das pessoas aceitavam morar em imóveis de acordo com a fase de vida, mudando conforme o momento que viviam. “Voltamos a campo para saber se esse comportamento continuava após a pandemia e nos surpreendemos com o aumento de 5 pontos percentuais (60%), além de novos dados”, explica o jornalista Leão Serva, um dos idealizadores do projeto. Para esse grupo, que expressa a intenção de viver em prédios adequados ao momento que estão vivendo, a opção por edifícios voltados para famílias pequenas e casais surge em 41% das citações, seguidos por perfis misturados (40%) e aposentados e idosos (24%). 

Outros marcadores que ficaram em evidência na segunda etapa do estudo, mais de 70% dos entrevistados dizem gostar do regime de home office, e o número de pessoas interessadas em morar próximo ao local de trabalho ou estudo disparou de 38% para 57%, um aumento de 50% em relação ao inquérito anterior. 

Essas preocupações podem ser percebidas nas palavras de Franciele quando estimulada a explicar por que a aquisição da casa própria deixou de ser interessante neste momento. Por um lado, ela examina que seu trabalho exige flexibilidade, e pode ser que precise se transferir para outra cidade em algum momento. Por outro, como a maternidade está em seus planos, pensa em migrar para um apartamento maior quando tiver filhos. E completa: “Agora estou em sistema de home office, mas, se voltar a trabalhar presencialmente, pode valer a pena me mudar para um local próximo do escritório da empresa”, completa. 

Tendência foi acelerada, mas já era uma realidade 

“Do mesmo jeito que algumas pessoas perceberam que, para elas, era mais vantajoso ter acesso a um carro conforme a necessidade do que investir na compra de um, elas também estão percebendo que é melhor ter acesso à moradia do que se endividar para ter a casa própria”, observa Alexandre Frankel, CEO da Housi, plataforma de aluguéis de imóveis que pode ser vista como um dos players de tendência desse novo modelo de moradia. Para ele, essa propensão não acontece de maneira isolada e é reflexo de uma forma de consumo mais consciente e otimizada. Ele lembra que, antes dos aplicativos de mobilidade urbana, produtos de entretenimento já haviam deixado de ser necessariamente bens compráveis e passaram a ser acessados por meio de plataformas, por exemplo. 

O executivo sublinha que a mudança de comportamento reflete transformações socioculturais mais profundas. “Se antes a regra era que as pessoas se casassem aos 20 anos, vivessem até os 60 e ficassem no mesmo emprego a vida inteira, hoje a lógica é outra”, afiança. “Diante disso, é evidente que o consumo de moradia esteja mudando. Os anseios e as prioridades não são mais os mesmos, e, no lugar de estabilidade, há maior dinamismo”, avalia.  

Agora, a pandemia acelerou essa tendência de mudança. “Como a incerteza quanto ao futuro ficou mais evidenciada, é natural que a população prefira uma opção mais flexível em vez tomar uma decisão de longo prazo. Também podemos lembrar que, hoje, muitos querem evitar ter que fazer longos trajetos em transporte público, e, assim, ficou mais em relevo a ideia da cidade a 15 minutos – isto é, em que é possível chegar a pé aos principais pontos a partir do lugar em que se está morando”, analisa.

Novas formas de ver e de estar no mundo 

A derrocada do sonho da casa própria é mais um sintoma de uma mudança irreversível de paradigmas, sustenta o filósofo, psicopedagogo, mentor e coach de performance Otávio Grossi. “Não é só algo momentâneo. É uma mudança da forma de ver o outro e o mundo”, garante. Para ele, há dois fatores principais por trás do fenômeno. 

Fazendo referência ao conceito do modelo de sociedades líquidas, criado pelo filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que, de maneira resumida, diz respeito a uma época em que as relações sociais, econômicas e de produção são mais fugazes e maleáveis, Grossi lembra que a sociedade se alicerçava em padrões muito concretos. “Havia modelos familiares, institucionais e uma forma de organização pautada por um viés patriarcal e, em boa parte, autoritário. Agora, por mais que esses modelos persistam, estamos olhando a vida de maneira mais fluida e fugindo de paradigmas excludentes, que estão sendo colocados em xeque”, reflete.  

O outro vetor dessa mudança comportamental diz respeito a um novo olhar para a felicidade. “Por muito tempo, a gente acreditava que ser feliz era estar satisfeito. E, para isso, era preciso alcançar o sucesso, muitas vezes simbolizado pela compra do carro ou da casa própria. Hoje, temos a teoria do bem-estar, em que outros critérios são levados em consideração”, avalia. 

Atentando-se a essas novas formas de moradia, Grossi sublinha perceber pontos positivos inerentes a essa nova formatação, como um mercado mais ágil e competitivo. Ao mesmo tempo, “há uma questão de vínculo que se perde quando deixamos de ter raízes. Afinal, com a mobilidade grande, não se conhece o morador de frente, a vizinhança, o que vai ampliando a sensação de isolamento social e dificultando a construção de uma comunidade local”, conclui.

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