Nem bem a humanidade começa a deixar para trás as sequelas físicas, mentais e emocionais da pandemia e é obrigada a encarar um conflito do outro lado do mundo, mas que pode deflagrar a Terceira Guerra Mundial, com consequências devastadoras. 

A ameaça é diária. As negociações não avançam, e os dois líderes, Vladimir Putin e 

Volodymyr Zelensky, estão inflexíveis. 

Esotérico ouviu a opinião de dois respeitados astrólogos para saber sobre os rumos da nossa civilização. O astrólogo e escritor Waldemar Falcão analisou os mapas do presidente Vladimir Putin (7 de outubro de 1952) e da Federação Russa (25 de dezembro de 1991). 

“Ambos os mapas têm Marte, o planeta da guerra, praticamente no mesmo lugar do zodíaco, em Sagitário, com uma diferença de dois graus entre eles. Atualmente, Netuno está no signo de Peixes – uma das coisas boas dos últimos tempos –, só que essa região por onde ele está transitando faz um ângulo de 90° com Marte, que está presente tanto no mapa de Putin quanto no da Federação Russa. Netuno em quadratura com Marte (até 23 de julho) é sempre um sinal de fragilidade. Nesse sentido, não é um momento favorável nem para ele, nem para a Rússia, nem para a guerra”, analisa Falcão. 

Respaldado nessa análise e no que os noticiários estão mostrando sobre o conflito, o astrólogo apreende que “Putin logo terá problemas de logística, pois está a quilômetros da base. Então toda a parte de abastecimento, alimentos e logística com soldados poderá ficar comprometida. Além disso, a reação da Ucrânia não foi o que a Rússia esperava, ela está resistindo mais do que se imaginava. Não vejo um cenário favorável para que Putin insista em continuar por esse caminho”. 

Putin tem 69 anos, é libriano. “Este é o signo da diplomacia, da conciliação. No entanto, no dia em que ele nasceu havia uma conjunção de Saturno com o Sol, sinalizando rigidez, determinação. Ao mesmo tempo, essa conjunção de Sol com Saturno faz um ângulo tenso com Urano, o imprevisível. É justamente a imagem que ele passa, de esfinge, alguém que não deixa transparecer nada, que é irredutível em suas intenções”, comenta Falcão. 

Mesmo com essas configurações astrológicas, Falcão não acredita na possibilidade da Terceira Guerra Mundial. “Evitar um conflito mundial passa também pelo bom senso, todos os países reconhecem aquilo que já dizia Albert Einstein: ‘Eu não sei com que armas será a Terceira Guerra Mundial, mas, se tiver a quarta, será com paus e pedras’. Ninguém quer uma guerra nuclear, resta saber como vai funcionar a cabeça de Putin, o imprevisível. A guerra seria um equívoco, e Putin não está com força para isso”. 

Por outro lado, diz o astrólogo, “temos uma configuração bonita no céu. O Sol está em Peixes e Júpiter (regente antigo) e Netuno (regente moderno), evidenciando o lado compassivo e pacífico de Peixes, trazendo a esperança de uma conciliação que até agora não teve êxito. Mais do que as evidências astrológicas, eu estou torcendo pela reconciliação e compaixão por parte dos negociadores. Há grande potencial para que isso ocorra”. 

Falcão ressalta a importância da pesquisa de dois astrólogos franceses, Henri Gouchon e André Barbault, que acabou virando referência dentro da astrologia mundial: o gráfico Gouchon-Barbault. Eles observaram que, quando planetas densos, como Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, se aglomeram em uma pequena região do zodíaco, ocorrem grandes crises mundiais, quando a humanidade passa por situações de extremo estresse. 

“Observe que o gráfico aponta claramente que em 2022 estamos no ponto mais baixo, sinalizando maior possibilidade de eventos extremos, assim como nos anos em que ocorreram outras guerras. A linha só começa a subir em 2023, o que sinaliza que até o final deste ano a situação mundial continuará tensa”, finaliza o astrólogo. 

  Quadratura Saturno-Urano atua até outubro

Astrologicamente falando, o céu que se apresenta neste momento é o mesmo, mas cada astrólogo capta nuances peculiares. “O pano de fundo de 2022 continua sendo a tríplice conjunção de 2020, que reuniu Júpiter, Saturno e Plutão. O aspecto já se desfez, mas os desdobramentos continuam. Trata-se de configuração extremamente potente, em função de sua raridade”, observa Fernando Fernandes, jornalista, mestre em sistemas de comunicação, professor na Escola Astroletiva e editor do site Constelar Astrologia. 

Desde o início da era cristã, foram cinco únicas ocorrências “que corresponderam a acontecimentos extremos, transformadores e desencadeadores de processos de longa duração. Basta pensar no ano de 410, quando Roma é tomada pelos bárbaros pela primeira vez, ou no de 710, quando os mouros invadem a península Ibérica e mudam para sempre a história da Europa”, revela Fernandes. 

Ele ressalta que “a manifestação de 2020, além de associada à pandemia, refletiu-se também em crises políticas e econômicas que estão evidenciando a necessidade de repensar os organismos de cooperação internacional. A primeira instituição colocada em xeque foi a Organização Mundial da Saúde. Hoje, contudo, com a guerra na Ucrânia, percebemos que o papel e os mecanismos de ação da própria ONU precisam ser reavaliados, assim como o de outras instâncias de cooperação ou defesa, como a Organização Mundial do Comércio e a Otan”. 

O astrólogo chama a atenção para a quadratura Saturno-Urano, exata em 2021 e ainda ativa até o final de 2022. “Ela indica exacerbação de tensões, radicalismo e intransigência nas negociações. É uma configuração que agudiza e dá maior dramaticidade à crise trazida na esteira da tríplice conjunção”. (AED) 

Há chances reais para a paz 

A Terceira Guerra Mundial poderá ser deflagrada? “Em maio de 2022 teremos a conjunção Júpiter-Netuno em Peixes. É uma janela de oportunidades para um cessar-fogo na Ucrânia e para uma atuação mais efetiva da diplomacia e dos organismos humanitários. Pode representar também o momento do definitivo declínio da Covid, já que esse aspecto também guarda relação com os avanços da epidemiologia”, analisa Fernando Fernandes. 

Para ele, “há uma chance pequena mas real para a paz na Europa, porém as negociações precisam ser iniciadas ainda no primeiro semestre, mediante um esforço de concessões envolvendo todas as partes interessadas. O tempo é curto e não pode ser desperdiçado, já que o segundo semestre traz novos aspectos de intransigência, que estarão no auge entre setembro e novembro”.  

E emenda: “A segunda metade da década, a partir de 2025, traz perspectivas de apaziguamento e reconstrução da ordem internacional. Apenas aí é que as melhores possibilidades da tríplice conjunção de 2020 devem ser concretizadas. Até lá, os riscos continuam muito altos, especialmente até o final de 2023”. (AED) 

Mundo virtual poderá pressionar dirigentes

Em maio acontecerá a conjunção Júpiter-Netuno em Peixes. “Ela fala da difusão de imagens além-fronteiras quanto à questão dos refugiados. Por um lado, o controle da internet e das redes sociais tende a ser um fator mais relevante do que o próprio controle de territórios nos próximos dois meses. Mais do que a iniciativa deste ou daquele governo, são as câmeras dos celulares de cidadãos comuns que podem gerar a pressão para que os oponentes busquem alguma forma de entendimento”, observa Fernando Fernandes. 

Por outro lado, reflete o astrólogo, “se a crise de refugiados chegar a um nível insuportável para o restante da Europa, a empatia atual com os ucranianos pode transformar-se em indiferença, como ocorreu em relação aos refugiados sírios há alguns anos”. 

E finaliza: “Desde 1991, com a Guerra do Golfo, temos conflitos transmitidos em tempo real pela TV. Mas jamais tivemos, como agora, uma guerra em solo europeu onde todos –protagonistas e vítimas – podem interagir e difundir suas versões em escala mundial. Netuno-Júpiter simboliza exatamente esta nova realidade, em que as narrativas se sobrepõem aos acontecimentos, com resultados ainda imponderáveis”. (AED)