Qualidade de vida

Prática da medicina chinesa estimula o fluxo de energia

Exercício também é conhecido como a 'harmonização dos sopros'


Publicado em 05 de novembro de 2019 | 03:00
 
 
 
normal

Gestos espontâneos, naturais e suaves. Assim são as práticas chinesas como o qigong dos símbolos, atividade corporal de meditação em movimento desenvolvida pela professora Maria Lucia Lee, especialista em medicina chinesa, e que associa imagens com os movimentos corporais e o ritmo da respiração.

Essa combinação promove a condução do fluxo do “qi” (energia vital) correto pelos meridianos, beneficiando todas as células do corpo.

Maria Lucia explica que “qi” é o sopro vital que corre pela rede invisível dos meridianos dentro do corpo. “Gong” é o trabalho de manter o “qi” fluindo sem ruptura por todo o corpo até as extremidades. Os símbolos foram acrescentados porque ela considera que a linguagem simbólica é a do coração, aquela que abre e transforma.

“Os chineses têm grande admiração pelas pessoas que conseguem expressar seus sentimentos por meio dos símbolos. Nossa vida material se processa dentro de um ritmo terrestre acelerado, e a prática do qigong dos símbolos exige um ritmo lento e celeste”, diz a professora.

Harmonização

Essa prática é constituída de exercícios terapêuticos da medicina tradicional chinesa, também conhecidos como “harmonização dos sopros”. “Eles atuam regulando nosso estado físico, proporcionando um repouso profundo e revigorante. É uma prática integrativa que regula a mente, as emoções e o organismo”, explica Maristela Botelho, professora e fundadora do Instituto Mineiro de Tai Chi e Cultura Oriental.

O uso de imagens e símbolos associados a cada exercício desperta o interesse do praticante. A partir dessa percepção, Maria Lucia Lee e Maristela Botelho decidiram colocar esse conhecimento no livro “Qigong dos Símbolos”, que conta também com um CD com músicas criadas especialmente para a prática e que conduzem o ritmo com a entoação de dois sons da língua chinesa: “xi” (que significa “inspirar”) e “hu” (que significa “expirar”).

“O ritmo segue de acordo com os movimentos do sopro (qi) em suas quatro direções básicas: partindo de um centro ele ascende, descende, entra e sai”, comenta Maristela.

Ela lembra que a prática é conduzida pelos símbolos do pensamento chinês “que retratam a perpétua criação, o desenvolvimento e o retorno da miríade de coisas”. “Os movimentos são circulares, e a cadência lenta possibilita a percepção e a integração com os ciclos do espaço cósmico. Os movimentos em mutação sempre retornam ao centro, possibilitando o enraizamento na terra”, diz.

Maria Lucia acrescenta que o movimento se desenvolve de forma contínua e gradual, sem precipitações. “Como uma árvore na natureza, firmemente enraizada, que se desenvolve lenta e continuamente. Os movimentos são circulares, onde cada término dá lugar a um novo começo. A harmonia dos ciclos segue as leis da transformação e da continuidade. É de acordo com essas leis que os corpos celestes não se desviam de suas órbitas e os fenômenos da natureza ocorrem com regularidade”, define Maria Lucia.

Benefícios

  • Melhora a qualidade de músculos, tendões e ossos;
  • Fortalece as funções do coração e dos pulmões;
  • Regula a respiração e exercita os membros;
  • Melhora a concentração;
  • Equilibra as emoções e harmoniza as funções orgânicas;
  • Melhora a vitalidade prevenindo doenças e desequilíbrios;
  • Protege a mente de pensamentos desarmoniosos.“Qigong dos Símbo los”.

Maria Lúcia Lee e Maristela Botelho

24 páginas mais CD

R$ 50

Agenda

Nos próximos dias 9 e 10 vai acontecer o “Seminário de qigong dos símbolos” ministrado por Maria Lucia Lee e Maristela Botelho. No dia 9, das 17h às 18h30, haverá o lançamento do livro. Informações pelo telefone (31) 99105-8538 ou pelo e-mail maristela.botelho@hotmail.com

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!