A primeira foto de um buraco negro divulgada nesta quarta-feira é, na realidade, uma junção de várias imagens em ondas de rádio obtidas por oito radiotelescópios espalhados pelo mundo.

“No meu modo de ver, o grande feito da imagem foi exatamente a sincronização entre esses vários radiotelescópios, que permitiu que eles funcionassem como um supertelescópio do tamanho aproximado do nosso próprio planeta”, diz Renato Las Casas, professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do Grupo de Astronomia da instituição.

“A gente não vê um buraco negro. A partir da imagem de computador, poderíamos dizer que é a (imagem da) sombra de um buraco negro supermassivo que está no centro da galáxia M87”, explica Las Casas.