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Vida acadêmica

Sem estrutura de acolhimento, universidades ‘rejeitam’ mães

Estudante ouviu de professor que bolsa não seria renovada porque ela deveria cuidar da filha; alunas criam rede para apoiar colegas ; maioria delas cuida da criança sozinha

Por Alex Bessas Publicado em 5 de agosto de 2019 | 09h00 - Atualizado em 5 de agosto de 2019 | 11h45
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Quando a filha Dandara nasceu, Thais Rocha tinha 23 anos, cursava antropologia em Belo Horizonte e era bolsista em um projeto de extensão da instituição. Enquanto se adaptava a uma nova rotina, conciliando cuidados com a filha e dedicação à universidade, ouviu de um professor que a bolsa de pesquisa não seria renovada porque ela deveria ocupar-se apenas da maternidade.

“Eu e meus colegas ficamos perplexos”, lembra Thais. A situação é sintoma de como a velha ideia de que a criação dos filhos é, por natureza, tarefa só das mães ainda traz prejuízo às mulheres. Foi contra essa premissa que a estudante embrenhou-se em um outro projeto de extensão, capitaneado por ela mesma em uma daquelas noites maldormidas do puerpério.

O “MaternAtiva”, como batizou a iniciativa, surgiu com a perspectiva de formar, na comunidade acadêmica, uma “rede de apoio” às mães e seus filhos – estrutura que pode ser resumida por um dizer ancestral africano: “É preciso uma aldeia para criar uma criança”. 

Pensando em formas de tornar essa realidade menos excludente no meio acadêmico, o “MaternAtiva” chega a seu segundo ano, agora, pretendendo tornar o campus universitário mais acolhedor para mães e pais, incorporando à sua estrutura pequenas melhorias que fazem toda a diferença para esses alunos. “Não há aqui nenhum espaço apropriado para trocar a roupa, as fraldas, no restaurante não há cadeiras apropriadas...”, cita Thais.

A expectativa é que essas melhorias, que incluem até uma brinquedoteca, sejam implementadas até outubro deste ano.

Contrariando esse saber popular, a verdade é que, de fato, a maternidade costuma pesar sobre os ombros das mulheres de maneira geral – e universitárias, pesquisadoras e cientistas não fogem a essa regra: são elas que cuidam sozinha dos filhos em 54% dos casos. Por conta disso, 45% não conseguem ou conseguem apenas muito raramente desenvolver seus estudos em casa. Outras 20% só podem se dedicar a tarefas simples, e 21% apenas conseguem produzir depois que os filhos dormem, conforme dados preliminares cedidos a “O TEMPO” pela Parent in Science (Pais na Ciência), grupo criado em 2017 que busca trazer maior visibilidade à situação de pesquisadores nessa situação.

E 56% não conseguem cumprir prazos para submissão em editais de fomento, e 4% deixam de se submeter. Tudo isso faz que o impacto da maternidade na carreira das cientistas seja percebido majoritariamente como negativo (59%) e como bastante negativo (22%).

Na avaliação de Rossana Soletti, do Departamento Interdisciplinar do Campus Litoral Norte da UFRGS e integrante do Parent in Science, uma estrutura pouco acolhedora à maternidade colabora para que tal cenário se estabeleça.

“Nem sempre os programas são empáticos ao que a gestação e pós-gestação vão ocasionar”, observa ela, que também já passou por situações de exclusão por ser mãe.

'Encargo' dividido com a comunidade

À medida que se entende o cuidado com as crianças como algo a ser compartilhado pela comunidade, essa proposta leva para a prática reflexões como as de Sabrina Finamori, professora do Departamento de Antropologia e Arqueologia da mesma instituição: “É fundamental que deixemos de ver a reprodução como um encargo exclusivamente feminino, ou mesmo de modo tão individualista”.

“Em alguma medida, o custo da reprodução deveria ser coletivamente compartilhado, através tanto de políticas mais inclusivas das empresas como também do poder público”, indica a psicóloga, lembrando que o Estatuto da Criança e do Adolescente atribui a responsabilidade de garantir os direitos das crianças não apenas à família, como também à comunidade, à sociedade em geral e ao poder público.

Lei é marco

A professora Rossana Soletti recorda que, a princípio, não pensava que o Parent in Science se converteria em um projeto de pesquisa. Foi ao identificar que o problema parecia invisível que decidiram examinar a questão.

Agora, a equipe coordenada pela bióloga Fernanda Staniscuaski se prepara para publicar, até o fim de 2019, um artigo sobre o tema.

Tanto Rossana quanto Fernanda sofreram na pele os efeitos dessa perspectiva enviesada do que é a maternidade. Felizmente, desde o início do projeto, avanços foram observados, como a lei 13.536, sancionada em 2017 e que institui afastamento remunerado para bolsistas de pesquisa nos caos de maternidade e adoção de até 120 dias.

O projeto de extensão MaternAtiva, por sua vez, planeja realizar o primeiro levantamento de como ser mãe afeta estudantes universitárias.

“Com a maternidade, o único direito que pude acionar foi o regime especial, em que poderia realizar as atividades em casa, por 60 dias”, afirma a estudante Thais Rocha, que encabeça a iniciativa. Para ela, falta ainda um olhar mais apurado para as graduandas.

 

 

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