Convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser líder de governo no Congresso, o senador Alexandre Silveira (PSD) garantiu que não cogitou aceitar a missão durante entrevista ao Café com Política da Rádio Super 91,7 FM. O convite surgiu em meio às negociações da sigla com o PT em Minas Gerais para consolidar a aliança Lula-Kalil. Na época, os petistas chegaram a dizer que as conversas seriam encerradas caso Silveira passasse a representar o governo no Congresso.

“Eu fui convidado para casar sem ter namorado. A minha resposta foi respeitosa, mas foi não. Eu falei que estava tendo a missão de substituir um dos maiores senadores da história da República, que é um amigo pessoal, meu professor, a quem tive a alegria de servir em duas secretarias [durante o governo em Minas], e para a nossa alegria é ministro do Tribunal de Contas da União, o Antonio Anastasia”, alegou.

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Silveira não deu detalhes sobre como aconteceu o convite e na época também não houve nenhuma declaração pública com relação ao assunto. O senador só assumiu o mandato no fim do ano passado, após Anastasia assumir a cadeira de ministro do TCU. “Eu tive a missão de me apresentar como senador, defender o municipalismo. Recebi mais de 830 prefeitos, levando recursos para saúde, educação e infraestrutura. Com o Rodrigo Pacheco presidente do Congresso, Minas ganhou um outro patamar na política. Colocamos o estado com o prestígio que nunca deveria ter perdido”, enfatizou.

Chapa do PSD ainda busca mais alianças no estado

Após consolidar a aliança com o PT, que vai indicar o vice na chapa, o partido de Silveira agora busca ampliar o leque de aliados com conversas com MDB e União Brasil. Para o senador, a aproximação dos dois partidos a nível nacional com o presidente Jair Bolsonaro (PL) não atrapalha as conversas, mesmo com os petistas na candidatura.

“Eu acho que é plenamente possível, inclusive é atípico esse momento de fechamento de alianças, que normalmente se cristalizam mais perto das convenções. Mas como vivemos muita polarização, foi precipitada essa aliança [PT e PSD], o que é bom. Vamos poder rodar Minas, apresentar um projeto que leva em consideração as diferenças sociais, a fome. Todos os outros partidos sem candidatura estão abertos ao diálogo, estamos conversando com União Brasil e MDB”, afirmou.

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