Informações sobre o Partido da Causa Operária (PCO) investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) serão compartilhados com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A autorização foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, atendendo ao pedido feito pelo corregedor-geral eleitoral, ministro Mauro Campbell.
O PCO foi incluído no inquérito das fake news no início de junho e desde então vem sendo investigado por ataques ao Supremo e a ministros da Corte nas redes sociais. Quando autorizou a investigação, Moraes também mandou bloquear as contas de redes sociais da legenda.
Além de defender a dissolução do Supremo, o PCO já chamou Alexandre de Moraes de ‘skinhead de toga’ e afirmou que o TSE interviu de forma ilegal no Telegram para atacar a liberdade de expressão e tentar fraudar as eleições.
Na última semana, o corregedor eleitoral informou a Moraes que também abriu um procedimento de investigação contra o partido de extrema esquerda. Segundo Campbell, as publicações foram feitas “sem nenhuma prova ou sequer indício, de maneira irresponsável e abusiva”.
No pedido de compartilhamento, Campbell defendeu a investigação diante da possibilidade de que dinheiro do fundo partidário tem sido usado para atacar as instituições e a legitimidade das eleições de 2022.
“Fortes indícios apontam o uso indevido e reiterado da infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido”, indica Moraes no despacho de sexta-feira (1º).
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.