Um dia depois de ir à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra discursos de ódio, deputados federais se reuniram com o ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em prol de eleições pacíficas.

Em reunião nesta quarta-feira (13), parlamentares de oposição ao governo e dirigentes partidários entregaram documento reforçando as preocupações com a escalada de violência, em especial durante a campanha eleitoral. 

A representação é assinada por dirigentes do PT, PSOL, Pc do B, Rede, PSB, PV e Solidariedade. Eles pediram a adoção de providências para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixe de fazer discursos de ódio e violência, sob pena de multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.

A conversa foi marcada diante da morte do guarda municipal e petista Marcelo Arruda no último sábado (9), assassinado a tiros por Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal e apoiador do presidente Bolsonaro.

Manifesto pela paz nas eleições

Moraes também recebeu ofício de políticos da chamada “terceira via”, que afirmam que episódios de violência contra candidatos e seus apoiadores não são isolados e pedem a responsabilização de quem atua para impedir a propaganda política.

“Está-se a tratar da derrocada democrática e do consequente esgarçamento do tecido social, conforme os mais recentes estudos dos cientistas sociais. Assim, antes de se buscar resolver este ou aquele caso, é de rigor que haja um esforço coletivo, ao qual desde logo os signatários desta aderem, para evitar o colapso da saúde democrática do Brasil”, alerta o ofício.

O documento é assinado pela senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB à presidência; Bruno Araújo, presidente do PSDB; Roberto Freire, presidente do Cidadania; e Baleia Rossi, presidente do MDB. 

Eles também entregaram um “manifesto pela paz nas eleições”, propondo "um pacto de não agressão entre todas as campanhas, de todos os candidatos, de todos os partidos e coligações".

Representação na PGR

Ao todo, 16 deputados participaram do encontro nesta terça com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e pediram a federalização das investigações do assassinato em Foz do Iguaçu. 

Para os parlamentares, a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) também deve ser alvo de apuração, na medida em que o chefe do Executivo estimula e incentiva atos violentos, inclusive em sua live semanal. 

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