Crítica

‘Paulo Guedes saiu de Chicago e desceu direto para a Faria Lima’, diz Silveira

Para senador, política econômica do ministro de Bolsonaro faz “mal ao Brasil

Por Lucas Morais
Publicado em 23 de maio de 2022 | 10:33
 
 

O senador Alexandre Silveira (PSD) criticou a política econômica do ministro Paulo Guedes no país durante entrevista ao Café com Política da Rádio Super 91,7 FM. Para o pessedista, o país perdeu investimentos, enquanto a pandemia agravou a situação das famílias e o problema da fome. 

“A política atual do Paulo Guedes fez tanto mal ao Brasil. Temos estradas em petição de miséria, o ministro já é uma peça de resposta a qualquer dúvida. É um ministro que o sapato dele nunca viu uma poeira, saiu de Chicago e desceu direto para a Faria Lima [centro financeiro de São Paulo]. Não conhece a miséria e nem o fosso social. Sou um duro crítico a atual política econômica, precisamos retomar investimentos”, enfatizou.

Silveira lembrou ainda que conviver com a divergência é essencial na política e que o PSD é um partido de centro. “Não tenho que ser completamente alinhado com o presidente Lula para entender que esse projeto pode ser bom para o país. Há uma visão social com pontos importantes para a sociedade nesse momento, acredito que vai acontecer de forma natural caso essa aliança se cristalize [com o PT]”, declarou.

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Preferência da bancada pelo presidente Bolsonaro

Questionado sobre a preferência da bancada federal do PSD pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e se será necessário “acalmar os ânimos”, o senador disse que os parlamentares vão compreender e apoiar a aliança com o PT. “Os deputados estão naturalmente cuidando de suas bases. Vamos respeitar as diferenças, não vamos constranger ninguém. Nunca tive um ato de rebeldia partidária, sou fundador do PSD. Podemos divergir até uma decisão ser tomada, e depois caminhar juntos. Isso se chama coerência”, alegou.

Segundo Silveira, a maioria dos pessedista vai entender a aliança e convergir. “As pesquisas eleitorais vão rapidamente se mexer. São projetos muito antagônicos [Zema e Kalil], um tem afinidade com o estado mínimo e o outro maior vigor na questão social”.