Apesar de não ser o único país afetado pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Brasil deverá ser o mais impactado, com uma taxa de 50%. O país vai enfrentar uma cobrança superior ao dobro da prevista para várias outras nações, que deverão arcar com uma tarifa entre 15% a 20%.
Para chegar até os valores atuais, porém, foram necessárias negociações entre os países, que definiram algumas contrapartidas. Veja abaixo o que foi acordado com Vietnã, Japão, Indonésia, China e Reino Unido.
Vietnã
A tarifa dos EUA aplicada ao Vietnã será de 20%, ao contrário do anunciado inicialmente, que foi de 46%. O acordo entre os dois países, divulgado no dia 2 de julho, ainda prevê acesso total dos estadunidenses aos mercados comerciais vietnamitas.
Será aplicada, ainda, uma taxa de 40% aos produtos fabricados em outros países, mas que passam pelo Vietnã.
Japão
A tarifa que será imposta para o Japão baixou de 24% para 15%. A exceção ficou para o aço e o alumínio, que não terão “desconto” na taxação.
Por outro lado, o governo japonês vai investir US$ 550 bilhões nos Estados Unidos, além de abrir o mercado para produtos agrícolas e automotivos dos estadunidenses.
Indonésia
Ao contrário do anunciado inicialmente, a Indonésia pagará tarifa de 19% e não de 32%. A negociação entre os dois países prevê que quase a totalidade das barreiras tarifárias da Indonésia para produtos dos Estados Unidos deixarão de existir.
O país asiático ainda se comprometeu a investir US$ 15 bilhões em produtos energéticos americanos.
China
Inicialmente, os Estados Unidos anunciaram uma tarifa de 145% à China. No entanto, os dois países anunciaram uma trégua tarifária, e a China terá até o dia 12 de agosto para firmar um tratado duradouro com os americanos.
Enquanto não há um acordo definitivo, as tarifas de Trump para a China serão de 30%. Por outro lado, a China vai aplicar taxas de 10% aos Estados Unidos.
Reino Unido
A tarifa aplicada aos britânicos será de 10% para a maior parte dos produtos. A isenção será total para componentes e produtos aeroespaciais britânicos.
Além disso, também ficou acordado que o Reino Unido poderá exportar até 100 mil veículos para os Estados Unidos anualmente.