A Colômbia ordenou evacuar praias e zonas costeiras do Oceano Pacífico nesta quarta-feira (30/7) devido ao alerta de tsunami após o terremoto de magnitude 8,8 perto da costa leste da Rússia, informou a autoridade de gestão de riscos. O potente sismo sacudiu na terça-feira (29/7) a costa russa da península de Kamchatka, onde várias pessoas ficaram feridas, e provocou alertas de tsunami em ambos os lados do Pacífico, incluindo Equador, Havaí e Japão.
Na Colômbia "são esperadas correntes fortes e ondas de tsunami na costa Pacífica", afirmou na madrugada desta quarta-feira a Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD), que ordenou "a evacuação preventiva das praias e zonas de maré baixa" nos departamentos de Nariño (sudoeste) e Chocó (noroeste).
As autoridades pediram à população desses dois departamentos que se dirija a "lugares altos e distantes da costa". Os departamentos de Cauca e Valle del Cauca (sudoeste) permanecem em estado de "advertência", segundo a entidade.
Todas as regiões da Colômbia com acesso ao Oceano Pacífico terão "restrição" no tráfego marítimo, disse a UNGRD, que espera que as primeiras ondas de tsunami cheguem por volta das 10h03 locais (12h03 no horário de Brasília) à ilha de Malpelo (sudoeste), a cerca de 500 quilômetros da costa colombiana.
Vários tsunamis atingiram partes do Extremo Oriente russo e do norte do Japão, onde cerca de dois milhões de pessoas foram evacuadas. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) afirmou que o terremoto de magnitude 8,8 é um dos 10 mais potentes registrados.
O fenômeno natural acionou alertas para ondas de até três metros de altura em costas do Pacífico, segundo o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico dos Estados Unidos. Na noite de terça-feira, o Equador ordenou a evacuação preventiva de praias, portos e zonas baixas nas turísticas ilhas Galápagos, a 1.000 km do continente.