O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi às redes sociais nesta quarta-feira (30/7) para confirmar o início do tarifaço a partir de sexta-feira, 1º de agosto. A confirmação vem em meio às negociações do governo brasileiro para tentar derrubar a cobrança de 50% para as exportações do mercado tupiniquim. 

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“O prazo de primeiro de agosto permanece e não será prorrogado. Um grande dia para a América”, escreveu Trump na Truth Social, rede criada pelo chefe da Casa Branca. Minutos antes de confirmar o tarifaço, o republicano anunciou que as exportações da Índia terão uma alíquota de 25% para entrar no mercado norte-americano.

“Embora a Índia seja nossa amiga, ao longo dos anos fizemos relativamente poucos negócios com eles porque suas tarifas são altíssimas, entre as mais altas do mundo, e eles têm as barreiras comerciais não monetárias mais rigorosas e incômodas de qualquer país”, disse. 

Trump também afirmou que haverá uma penalidade para a compra de equipamentos militares e petróleo da Rússia. “Eles sempre compraram a grande maioria de seus equipamentos militares da Rússia e são os maiores compradores de energia da Rússia, juntamente com a China, em um momento em que todos querem que a Rússia para com a matança na Ucrânia”, acrescentou. 

Veja abaixo exemplos de tarifas que o governo americano deve cobrar a partir de 1º de agosto

País Tarifa
Reino Unido 10%
Japão 15%
União Europeia 15%
Indonésia 19%
Filipinas 19%
Vietnã 20%
Moldávia 20%
Coreia 25%
Cazaquistão 25%
Malásia 25%
Tunísia 25%
Brunei 25%
Índia 25%
África do Sul 30%
Bósnia e Herzegovina 30%
Iraque 30%
Líbia 30%
Argélia 30%
Sri Lanka 30%
Bangladesh 35%
Sérvia 35%
Camboja 36%
Tailândia 36%
Laos 40%
Mianmar 40%
Brasil 50%

Negociações 

Em meio à confirmação de Trump sobre o início do tarifaço, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as negociações com os Estados Unidos estão evoluindo. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (30), Haddad disse que o diálogo com representantes do governo Donald Trump deve continuar mesmo após a sexta-feira (1), quando a sobretaxa começará a ser cobrada, e que a data  “não vai significar o fim”, e sim “o começo de uma conversa”.

"Essa semana foi melhor. E se depender do Brasil, essa tensão desaparece, porque ela é artificial. E produzida por pessoas do próprio país, quer dizer, faz sentido alimentar essa tensão. Brasileiros lá alimentaram essa tensão. Essa tensão vai se dissipar. Quando ela se dissipar, a racionalidade vai conduzir os seus trabalhos. E nós vamos chegar a um denominador", apontou.