BRASÍLIA. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) completou três semanas (21 dias) sem parabenizar o democrata Joe Biden pela vitória nas eleições norte-americanas. Biden foi projetado presidente eleito pelos meios de comunicação nos Estados Unidos em 7 de novembro, tendo derrotado o atual presidente Donald Trump.

O republicano afirma, sem provas, ter sido vítima de uma fraude eleitoral. No sábado, dia 27.11, Trump voltou à carga no Twitter, afirmando que 1,12 milhão de votos foram criados “do nada” na Pensilvânia, citando afirmações do senador republicano Doug Mastriano.

A resistência de Trump em admitir que foi derrotado abriu as portas para uma transição de poder marcada por turbulência nos EUA. Bolsonaro é admirador de Trump e disse publicamente torcer por sua reeleição.

Segundo assessores presidenciais, Bolsonaro deve esperar até o dia 14 de dezembro para enviar os cumprimentos a Biden. Isso porque o Colégio Eleitoral norte-americano se reúne nessa data para oficializar o resultado do pleito.

Ao não felicitar Biden, o brasileiro se uniu a um pequeno grupo de chefes de governo - entre eles o mexicano Andrés Manuel López Obrador e o russo Vladimir Putin – que ainda não parabenizaram o democrata.

Por outro lado, as principais economias do mundo enviaram suas congratulações a Biden pouco depois das projeções das redes americanas.

Fazem parte dessa lista o premiê britânico, Boris Johnson, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.

Até mesmo o líder da China, Xi Jinping, telefonou nesta semana para Biden e o cumprimentou pelo êxito nas urnas. Pequim é considerada hoje a maior antagonista dos Estados Unidos na arena global.