O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se reúne a partir desta quinta-feira (21 de novembro) com os governadores dos estados do Sul e Sudeste para a 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Florianópolis, Capital de Santa Catarina. Um dos temas que será discutido no encontro é a PEC da Segurança Pública apresentada pelo governo Lula (PT).
Na manhã desta quinta, antes de se dirigir ao evento, Zema fez uma publicação no X (antigo Twitter) falando sobre esforços na segurança pública mineira: "Lugar de criminoso é na cadeia! As Forças de Segurança de Minas estão intensificando os esforços para garantir a tranquilidade dos mineiros. Entre os dias 15 e 18/11, a Polícia Militar de Minas Gerais prendeu 230 foragidos da justiça, garantindo um feriado mais seguro em todas as regiões do Estado".
Além de Zema, também estarão presentes em Florianópolis os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Renato Casagrande (Espírito Santo), Ratinho Júnior (Paraná) e Jorginho Mello (Santa Catarina). O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, não vai comparecer porque está numa agenda internacional, e será representado pelo vice-governador Gabriel Souza.
A 12ª reunião da Cosud acontece desta quinta-feira até a manhã de sábado (23 de novembro), quando os governadores devem elaborar a Carta de Florianópolis, com diretrizes acera da segurança pública, meio ambiente, economia, saúde, educação e desenvolvimento humano.
Críticas de Zema ao governo federal
No fim de outubro, Zema foi o único governador do Brasil que não compareceu a um encontro em Brasília com o presidente Lula (PT) para discutir segurança pública. Durante o encontro, o governo federal apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para ampliar a atuação do governo federal na área, com objetivo de integrar as polícias, reforçar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e aumentar a responsabilidade da União.
Dias depois, Zema publicou um vídeo nas redes sociais explicando que não foi ao encontro porque "debate não faz o crime cair" e reclamou que não obteve resposta sobre demandas de combate ao crime do governo federal.
“Estive lá no dia 26 de março junto com os governadores do Sul e do Sudeste levando propostas concretas que servem para combater a criminalidade, mas não tivemos nenhuma resposta depois de sete meses. Temos de começar fazendo o básico, colocar atrás das graves aquele que é criminoso. Aqui no Brasil, temos criminosos que roubam vinte vezes e continuam soltos. Isso desmotiva a nossa polícia, que prende também dez vezes e vê o criminoso solto novamente. É preciso mudar essa regra, e debate pouco serve enquanto esse tipo de fato tiver acontecendo”, criticou Zema na época.