A pastora e vice-presidente da Igreja Batista Getsêmani, Daniela Linhares, criticou a tentativa de retirar a veiculação do desenho “Danizinha Protetora” na Rede Minas. Durante o ato organizado por grupos de direita na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, neste sábado (7 de setembro), Linhares falou sobre a situação.
A animação infantil começou a ser veiculada na emissora estatal a partir de julho, quando a Empresa Mineira de Comunicação (EMC), sob o guarda-chuva do governador Romeu Zema (Novo), implementou uma nova programação. A EMC descreveu que o desenho tem como propósito “proteger as crianças contra ameaças que podem tirá-las da sua infância”. “Ela (Danizinha) encarna a defensora dos valores cristãos e ensina a importância da confiança em Deus e como reconhecer situações que podem comprometer seu bem-estar”, diz comunicado.
Após a veiculação na Rede Minas, a animação foi alvo de críticas. O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos pediu que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) investigue o desenho. O MPMG, por sua vez, instaurou uma notícia de fato a partir da representação do Conselho. Neste sábado, Linhares disse ter sido vítima de censura e perseguição.
“A censura do X, a censura que o Xandão (Alexandre Moraes) está fazendo, também está acontecendo nas escolas, nos veículos de comunicação. A censura da Danizinha foi prova disso”, disse a pastora, que falou ao público do alto do carro de som na manifestação. A vice-presidente da Getsêmani disse no protesto que as famílias devem incentivar crianças e adolescentes a consumirem conteúdos conservadores.
“Tentaram calar um desenho conservador, com intuito de colocar uma programação com ideologia de gênero, que ensina a sexualização infantil. Pais e mães: não deixem de cantar o nosso hino nacional, de cantar a bandeira do Brasil. Nossas crianças e adolescentes não são da esquerda. Quanto mais conteúdos conservadores assistirem, mais a mentalidade deles estará sendo mudada”, arrematou.