Em um novo capítulo do bate-boca público entre o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o ministro da Fazenda de Lula, Fernando Haddad (PT), o chefe do Executivo mineiro rebateu as acusações de que a dívida de Minas Gerais teria crescido. O argumento foi usado por Haddad em uma rede social para criticar a postura de Zema, que defendeu que “Minas fez o dever de casa”. O embate ocorre em meio aos vetos do governo federal ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), sancionado no início da semana.
Contra Fatos não há argumentos, senhor ministro @Haddad_Fernando. O Endividamento de Minas está em queda, abaixo do limite e é bem menor do que o do Brasil. pic.twitter.com/93jJ0Q4q4T
— Romeu Zema (@RomeuZema) January 17, 2025
“Contra fatos não há argumentos, senhor ministro Haddad. O endividamento de Minas está em queda, abaixo do limite e é bem menor do que o do Brasil”, declarou Zema, em publicação com um gráfico que mostraria os níveis de endividamento do Estado.
Em publicação nas redes sociais, que precede a resposta de Zema, o chefe da equipe econômica de Lula afirmou que a dívida de Minas com a União cresceu 33% e, em dois anos, “alcançou incremento de 55% no conjunto do governo”. Haddad ainda afirmou que Zema não fez “o dever de casa”, em referência às falas anteriores do governador mineiro, e disse que Minas deu um “calote” na União.
“A dívida cresceu não só pelos juros, mas pelo calote nos pagamentos. No seu governo, o Estado deu calote em mais de R$ 30 bilhões devidos ao governo federal, em mais R$ 12 bilhões junto a Instituições Financeiras, fora os calotes em outros credores privados, fazendo o Estado um dos mais endividados do país e com brutal crescimento da dívida”, declara.
Haddad ainda ressalta que, mesmo com cinco anos de governo, referindo-se ao final de 2023, Minas “seguia não pagando credores privados em dia, com mais de R$ 5 bilhões em restos a pagar não processados de exercícios anteriores”. O que, segundo o ministro, evidenciaria “que o Estado não tem dinheiro para pagar seus gastos, e dava calote não só na União, mas em outros credores privados também”.